Capítulo 73: Bilhetinho

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(Nathan)

02h36min – 15 de Outubro – Sábado

Depois de ter me masturbado no chuveiro como a Olivia sugeriu e, de ter pensado nela em cada segundo que eu me tocava. Eu vim para o quarto do Léo.

A noite está tão abafada que nem o ventilador de teto do quarto está resolvendo e o barulho só se tornava incomodo a cada segundo.

Não aguentava mais virar de um lado para o outro nessa cama e nem ficar com o olhar fixo no teto do quarto. Léo já está dormindo há horas, eu não consegui desligar minha mente até agora. Essa porra não fica no mudo de jeito nenhum.

O que piora tudo é o fato de eu estar com sono, mas não dormir porque meus pensamentos estão girando em torno de uma tampinha.

Uma tampinha que deve estar se divertindo, que deve estar aproveitando o rolê com os amigos, e que nem deve estar se lembrando de mim.

Por que caralhos eu estou pensando tanto na Olivia?

Água. É isso! Eu preciso de alguma distração, mesmo que mínima para poder afastar essa confusão que está na minha cabeça, para poder esquecer como eu me senti com a atitude dela de mais cedo.

Atitude que me surpreendeu e que eu adoraria que se repetisse. Penso, mas logo me repreendo por isso.

Assim que percebo que eu realmente não conseguiria pegar no sono com tanta facilidade - não até ter a certeza - de que a Olivia havia chegado em segurança, eu resolvo descer para beber algo na cozinha.

Apoiei meus cotovelos no balcão e fechei os olhos apreciando o gosto do suco de maracujá. É algo que acalma e pode ser que me ajude a dormir. Sorte a minha ter essa jarra dentro da geladeira.

Estava tão alheio a tudo que estava acontecendo a minha volta, que acabei me engasgando com o suco quando ouvi um estrondo vir da sala. Deixei meu copo sobre o balcão e caminhei apressadamente até o som.

Ao passar pelo banheiro, eu pude ver de relance uma silhueta agachada dentro do mesmo. Isso me fez parar imediatamente na porta e lançar um olhar assustado para a Olivia.

O seu vestido está esparramado em seu lado no chão e ela está levantando a tampa do vaso. Noto o seu corpo coberto só pelo lingerie se curvar para a privada, e ela tentar segurar as traças do seu cabelo.

Puta merda! Ela bebeu?

— Que caralho! — exclamo baixinho ao me aproximar dela calmamente.

— Não, Nate! Sai daqui. — ela choraminga tentando me afastar com as mãos enquanto parece colocar o estômago e o fígado inteiro para fora do corpo.

Me ajoelho atrás da Olivia e puxo suas trancinhas para trás, tirando o elástico da mesma. Assim que seguro todo o seu cabelo, aproveito para acariciar suas costas lhe dando um pouco de conforto.

Afastei o seu cabelo exatamente para que não sujasse, mas o cheiro de carvão está impregnado em seus fios, bem típico de churrasco mesmo.

Com toda certeza ela terá de lavá-lo, e na situação em que se encontra é bem provável que eu tenha que colocá-la embaixo do chuveiro. Se tem algo que me tira a paciência é ter de cuidar de porre dos outros.

Perdi as contas de quantas vezes já tive que acudir a minha mãe, e isso não me trás boas lembranças. Só não entendo... A Olivia não bebe, ela não gosta, não gosta mesmo. Por que ela se submeteria a algo assim por conta própria? Será que deram algo pra ela? Que a fizeram mal?

— Alguém forçou você a beber? — questionei receoso e preocupado, mas quando a Olivia negou com a cabeça, eu soltei um suspiro de alívio. — Você bebeu por que quis? — perguntei com curiosidade e fiquei surpreso quando a Ivy assentiu. — Ok. O que exatamente você bebeu? — pergunto de mansinho quando ela puxa o papel higiênico e assoa o nariz.

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