Capítulo 04

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Domdom 🍬

Azzy: Vamo Domdom, levanta dessa merda dessa cama! - Gritou jogando um copo de água na minha cara.

Domdom: Porra mãe, isso é jeito que acordar alguém? - Falei me engasgando com a água que entrou no meu nariz.

Azzy: Por acaso se eu te chamar tu vai acordar? Eu acho que não, então a partir de agora vai ser assim!

Domdom: A senhora vai ver, eu vou morar com a minha vó! - Disse me sentando na cama.

Azzy: Ia ser uma alegria tão grande na minha vida, pode ir e eu não aceito devoluções! E SENHORA É O TEU CU! - Gritou.

Domdom: Mo chatona, mas eu sei que tu me ama Isabela. - Falei abraçando ela.

Azzy: Sai peste, tu tá toda molhada! - Me empurrou e foi saindo do meu quarto descendo as escadas, comigo atrás é óbvio.

Domdom: Minha vó sempre me conta as parada que tu fazia antigamente, ela diz que tu tá pagando pelo que fez com ela, por isso eu sou assim.

Azzy: Filha de demônio, demônio é! Mas eu sempre achei que a Lua fosse ter o meu gênio, mas a partir dos sete anos ela mudou completamente e o gênio ruim passou pra tu, até hoje não entendo essa mudança. - Sentei na mesa morta de preguiça olhando pra ela que tava parada na minha frente. - Perdeu o cu na minha cara? Ou tu tá achando que eu vou colocar comida na tua boca? Se manca, filhona! - Bufei me levantando.

Peguei duas panquecas que tava na geladeira e esquentei, peguei duas bananas, uma maçã e suco de graviola e coloquei tudo na mesa.

Comecei a comer lentamente enquanto a dona Isabela me encarava como se quisesse me matar.

Azzy: Olha a hora Dominic! - Gritou do nada.

Domdom: Mulher eu sou sobrinha do dono do morro, eu posso chegar na escola a hora que eu quiser.

Azzy: Se eu souber que tu tá ameaçando a diretora da escola por ser da família de traficante, tu não perde por esperar o que vai acontecer contigo, satanás! - Gritou e eu olhei pro meu pai que vinha descendo as escadas.

Neguinho: Bom dia mulheres da minha vida. - Beijou minha cabeça e deu um selinho na minha mãe. - Cadê a Lua?

Azzy: Passei no quarto dela e ela não dormiu em casa, de novo.

Neguinho: Aonde ela tá dormindo?

Azzy: Diz ela que é na casa da Alice, mas como eu conheço muito bem a minha cria eu sei que é mentira. - Ele respirou fundo.

Neguinho: Depois eu vou ter uma conversa com ela! Agora eu tenho que ir pra boca.

Domdom: Vai tomar café não, pai?

Neguinho: Não meu amor, eu compro alguma coisa na padaria e como na boca mesmo. - Assenti.

Azzy: Tem que ir mesmo? Aff! A gente nem teve a nossa transa do dia. - Falou manhosa e eu tive vontade de vomitar ouvindo aquilo.

Neguinho: Quando eu chegar a gente resolve isso, gostosa. - Deu um tapa na bunda dela.

Domdom: Oh minha gente, não sei se vocês perceberam mas eu ainda estou aqui. - Eles riram e meu pai saiu, minha mãe em seguida voltou a dormir e disse que se eu não fosse pra escola ia me prender na salinha de tortura.

Voltei pro meu quarto, tomei banho, me arrumei e fiquei olhando pra minha cama morrendo de vontade de cair lá de novo mas eu não podia arriscar o meu coro.

Quando ia saindo pra ir pra escola com a minha cara de morta dei de cara com a minha amada irmã que vinha chegando da casa da "Alice", porém não sabia que a Alice tinha virado lésbica e tava comendo a minha irmã porque ela tava com a maior cara de vagabunda que tinha dado a noite todinha.

Cheguei na frente da escola e dei de cara com a Camila conversando com um carinha, bem gatinho por sinal.

Camila: Essa é a Dominic a minha amiga que eu te falei, Diego. - Sorri fraco pra ele e ele me olhou dando um sorriso safado.

Diego: Só não falou que ela era mo gatinha. - Me analisou.

Domdom: Camila também nunca tinha me falado que tinha um primo tão abusado. - Ele riu.

Camila: Maioria dos meus primos são assim amiga, vamo entrando que ficar aqui jogando idéia fora com o vagabundo do Diego não vai dar em nada não. - Falou me puxando pra dentro da escola.

Dominic Oliveira, 17 anos
Vulgo: Domdom

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