Capítulo 52

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Breno

Breno: Conseguiram ou não conseguiram matar o homem? - Perguntei aos dois inúteis na minha frente.

David: Eu atirei duas vezes no peito dele assim que ele caiu no chão, parecia tá passando mal.

Breno: O cara tá velho, parece que não aguenta mas porra nenhuma! Como alguém passa mal no meio de um confronto e ainda mas sendo o dono do morro? É uma vergonha isso! - Dei risada. - Espero que ele tenha morrido de vez e que eu não precise voltar lá pra acabar com a raça dele.

Vinicius: Mas e a menina que tu tava atrás, achou ela?

Breno: A única coisa ruim disso tudo é que eu não conseguir trazer a Jade de volta pra mim, mas ela vai voltar.

David: Vai me dizer que tá apaixonado?

Breno: Sei te responder essa parada não, mas a mina vai ser minha a todo custo, eu não aceito ficar sem ela não.

Vinicius: Isso se chama obsessão.

Breno: Chama como tu quiser menor, mas a Jade vai ser minha de novo. - Nessa hora ouvir um barulho de alguma coisa caindo e fui ver o que era. Não me surpreendi nada em ver a Manuela atrás das cortinas da casa ouvindo minha conversa. - Que porra tu tá fazendo aqui? Eu não mandei tu ficar no quarto?

Manu: Como é que você tem coragem de dizer que quer a Jade de volta comigo aqui? Você não tem o mínimo de consideração nem pelo seu filho que eu tô esperando.

Breno: Eu nunca desejei essa criança, você engravidou porque quis e eu sempre mandei você abortar, mas você não quer, então cala a boca e some da minha frente se não quiser apanhar.

Manu: Quem foi que você matou?

Breno: Seu cunhadinho, satisfeita? Agora entra no quarto e só faz o favor de sair de lá quando eu te chamar. - Ela abaixou a cabeça e saiu.

Voltei pra sala e continuei a conversar com os dois, até eles irem embora e eu finalmente poder ter paz, sem ouvir a voz de ninguém.

Tava morando em uma das minhas casas na Barra da Tijuca já que eu sabia que se a Jade chegasse na Rocinha a primeira coisa que ela ia fazer era dizer ao papai dela a minha localização e eu não ia arriscar o meu pescoço.

Ainda tive que trazer o encosto da Manuela junto comigo só por causa dessa criança que ela tá esperando, mas a mina é um porre, não serve pra porra nenhuma, aguento nem ouvir a voz dela. O bom é que é gostosinha e da pra comer quando tenho vontade porque ela nunca nega fogo, a bicha é doida por mim e faz tudo que eu quero.

Breno: Nunca mas sai do quarto enquanto eu tiver conversando com alguém, entendeu? - Entrei no quarto vendo ela chorando. - Que foi agora, Manuela?

Manu: Você ainda pergunta? Você matou o meu cunhado, meu Deus! O quanto a minha irmã, meus sobrinhos, a minha amiga e a tia Adri devem tá sofrendo nesse momento, você é um monstro, Breno!

Breno: Morreu com dois tiros no peito mas deveria ter morrido de uma forma bem pior, esse cara matou o meu pai e você quer que eu passe pano pra ele?

Manu: Seu pai era um seboso, atirou em uma criança pra matar, mereceu a morte que teve. - Fechei o punho e dei com tudo no rosto dela, vendo o sangue espirrar em mim.

Breno: Isso é pra você aprender a ficar calada e nunca mas abrir essa boca imunda pra falar mal do meu pai. - Sair do quarto trancando a mesma lá e fui beber com uns parceiros em um dos botecos mais caros da cidade.

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