Capítulo 56

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Théo 💸

Théo: Ver meu pai se despedindo ali na frente da gente foi a pior coisa do mundo Jade, eu não gosto de demonstrar fraqueza mas eu não sei o que eu vou fazer se o nosso pai... - Ela me interrompeu.

Jade: Para, Théo! Ele não vai morrer eu confio primeiramente em Deus, segundo na tia Bruna que é uma ótima médica e na força que nosso pai sempre teve.

Joyce: Que porra é essa, Príncipe? - Entrou gritando. - Mandar essa mulherzinha ir buscar o nosso filho na minha casa, pelo amor de Deus! - Falou apontando pra Régina.

Bia: Quem tu pensa que é pra tá entrando aqui gritando e impondo ordens? - Saiu do quarto.

Théo: Será que nem esse momento tu respeita, Joyce? Meu pai tá nesse momento fazendo uma cirurgia que pode levar ele a morte e tu vem aqui conversar merda? Vai tomar no cu, desgraça!

Joyce: Respeito o seu pai mas você sabe muito bem que eu odeio que mande as suas putas ir buscar o nosso filho, eu não quero ele metido com essa gente.

Théo: Régina é minha namorada e futura esposa, respeita quem tá acima de tu aqui nessa favela! E ela vai pegar o Gael quantas vezes ela ou eu quiser, entendeu? Agora some da minha frente antes que eu mande as mina te quebrar.

Régina: Eu não vou esquecer que tu me chamou de rapariga não, Joyce! A gente se bate por aí, firmeza?! - Disse assim que a outra ia saindo, ela continuou calada e saiu.

Peguei o Gael que estava no braço da Régina e comecei a conversar e brincar com ele, meu menino era tão pequeno mas me trazia uma paz tão grande, sou capaz de tudo por esse moleque.

Gaspar: Os mano descobriram que aquela não foi apenas uma invasão comum da polícia, foi o tal do Breno querendo matar o padrinho. - Entrou em casa colocando a pistola na mesa.

Olhei pra Jade que começou a chorar e foi consolada pela Bia, ela se sente culpada mas ela não tinha como saber que aquele cara era um filho da puta que só queria usar ela.

Cadu: Corre no postinho galera, a Lua tá parindo. - Entrou correndo dentro de casa, parecendo um furacão.

Gaspar: Minha filha vai nascer? - Gritou.

Bia: Mas ela só tá com 7 meses, tem certeza Cadu? - Ele assentiu.

Lua 🌛

- A Lua precisa de cuidados especiais por se tratar de um parto prematuro e todos os nossos melhores médicos estão nesse momento na cirurgia do Ret, me desculpem mas ela não vai poder ficar aqui, vai ter que levar pra um hospital. - A moça da recepção falou me fazendo entrar em desespero.

A dor estava insuportável e estava muito antes do tempo, o medo de perder a minha filha estava maior que toda dor que estava tomando conta do meu corpo.

Lua: Eu não posso perder a minha filha, mãe. Eu já amo tanto ela, eu não posso mãe. - Disse chorando pegada na mão da minha mãe.

Azzy: Você não vai perder ela meu amor, eu te prometo.

Meu pai me colocou no carro, minha mãe entrou no banco de passageiro e a minha irmã ficou tomando conta da boca, ela disse que a presença dela não iria servir de nada mas que qualquer coisa era pra avisa-la de imediato.

Chegamos no hospital e foi aquela agonia de sempre, meu pai tendo que se esconder e minha mãe que entrou comigo por estar com a ficha limpa e fora de b.o por um tempo.

Minha mãe conversou com a enfermeira e eu nem estava prestando atenção por conta da dor, só fui levada para um quarto de cadeira de rodas e colocada na cama.

- Ela tá perdendo muito sangue, vamos ter que escolher entre ela e a criança. - Depois de ouvir isso minha vista escureceu e eu desmaiei.

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