Capítulo 77

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Ret 🔥

3 dias depois...

Os verme conseguiram entrar na minha favela e atingiram meu afilhado, meu primeiro garotinho, vi aquele moleque nascer e tô quase vendo ele morrer ali naquela cama e não posso fazer nada pra salvar a vida dele.

Quiseram se vingar pela morte do filho da puta do Breno e pegaram o Gaspar sozinho na covardia mesmo, atiraram duas vezes no peito do moleque, o bagulho foi pra matar mesmo.

Aquele cara só trouxe desgraça pra minha família e nem depois de morto a gente consegue se livrar dele.

Conseguir pegar a filha do delegado na intenção de atrair os cu azul pra Rocinha, tinha que vingar o Gaspar.

A carnificina foi feia pra o lado deles.

Tava mas tranquilo em saber que a Jade estava longe daqui com o filho da mãe do Cadu.

E que a Bia também estava fora daqui com o arrombado do Alk que agora tá de frente do morro do macaco.

Minha garotinha além de patroa da Rocinha é patroa do morro do macaco também.

Só queria que aquele menino acordasse e que tudo ficasse de boa de novo, ele não merece morrer por uma coisa que ele não tem nada haver.

Jade: Como estava acontecendo tudo isso com o meu primo e vocês não tiveram a coragem de me falar nada? - Gritou bolada.

Anna: Tem como a senhora falar baixo que a gente tá em um postinho?

Ret: Me diz o que ia adiantar te dizer? Só ia piorar as coisas, pq ia ser mas uma pessoa aqui doida, chorando e preocupada.

Jade: É mas enquanto o meu primo estava aqui quase morrendo eu estava lá me divertindo.

Ret: Melhor do que tá aqui chorando. - Ela me olhou feio e foi pra perto da Thalita.

Anna: Liga não amor, ela só tá nervosa. - Falou indo se sentar perto da Priscila.

Cadu: Qual é a de menos? Como o cara tá?

Ret: Sei não... A infermeira disse que a situação dele é muito séria, tá sobrevivendo por causa dos aparelhos e que só um milagre pra que ele melhore.

Cadu: Ainda bem que eu acredito em Deus e em milagres.

Bruna: Gente, eu preciso falar com vocês... - Chegou na recepção. - Meu filho, você chegou e nem me avisou? - Deu um beijo no Cadu.

Cadu: Eu ia falar, mas cheguei e soube dos bagulho ai fiquei pilhadão. - Ela assentiu.

Pri: O que foi Bruna? É alguma coisa com o meu filho? - Falou querendo chorar.

Bruna: Não, o Tauã continua na mesma. Mas alguém tem que tirar a Alice daquele quarto e fazer ela reagir, comer, ela fez uma cirurgia a poucos dias e não pode tá naquela situação não.

Ret: Cadê Danielle em? Puta merda.

Bruna: Já veio, mas a Alice nem ligou pra o que ela disse.

Anna: Vamo lá falar com ela? - Olhou pra mim e eu assenti.

Entramos no quarto vendo a Alice sentada numa cadeira perto do Gaspar.

Alice: Meu amor, acorda... Eu preciso tanto de você. A Júlia precisa tanto do pai dela bem. Olha, se você acordar eu prometo que fico do seu lado pelo resto da minha vida... Eu te amo tanto! - Falou enquanto alisava a mão dele e a Anna olhou pra mim engolindo seco.

Anna: Meu amor, a gente pode conversar?

Alice: É tudo culpa minha, madrinha. Se não fosse por minha causa ele não estaria aqui!

Ret: Por acaso foi tu que chamou a polícia pra cá? - A Anna olhou me repreendendo. - Que foi? Eu tô falando a verdade, quem fez isso com o Gaspar foi a polícia e não a Alice.

Alice: 5 minutos antes disso acontecer ele tinha ido lá em casa com a desculpa que queria saber como eu estava, mas ele me pediu em casamento. Falou várias coisas lá, se declarou e disse que estava arrependido! Eu senti verdade na palavra dele mas por tudo que já aconteceu antes eu não conseguir confiar totalmente nele e acabei dizendo não, ele jogou o anel fora e saiu sem da uma palavra. - Falou ainda chorando muito. - Foi aí que à Regina chegou dizendo o que tinha acontecido com ele.

Anna: Eu consigo entender o que você está sentindo, mas isso não torna você culpada por ele está nesse estado, a culpa não é sua! Você passou por uma cirurgia a pouco e ficar aqui chorando, sem comer, sem tomar banho, não vai ajudar em nada o Tauã.

Ret: Vamo lá pra casa? A Jade tá de volta, eu peço pra minha coroa fazer o teu prato favorito e se pá de noite a gente cola na igreja pra orar pelo Gaspar, beleza?

Ela assentiu e correu pra abraçar a gente.

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