Capítulo 12

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Maria Alice 🎀

Alice: Cara, qual o problema da Lua saber sobre a gente? Ela é minha melhor amiga, eu não gosto de esconder nada dela.

Tauã: Eu não gosto de explanar as coisas não, Alice. Se tu quer que as coisas entre a gente fique de boa é melhor o mínimo de gente possível sabendo disso, tá ligada?

Alice: Faz tempo que a gente tá nessa e nunca sai disso, se não quiser nada sério comigo é só dizer mas não fica me enrolando não cara, já tenho problemas demais na minha vida.

Cadu: Corre ali no meio da quadra Alice, teu padrasto que bater na Régina. - Respirei fundo saindo correndo dali, eu sabia que ia dar problemas a Régina vim para o baile comigo.

Jonas: Você vai pra casa comigo sim, olha a sua roupa, tá se comportando igual a uma vadia dançando na frente desse monte de macho. - Gritou puxando ela pelos cabelos.

Fui pra cima dele sem mais nem menos, podia mexer com quem fosse só não tocasse na minha irmã que eu virava onça igual a Maria Marruá.

Alice: Solta ela seu nojento! - Cravei as unhas nas costas dele.

Jonas: Não se mete! - Gritou e me deu um tapa forte no rosto.

Tauã: Encosta nela não, filho da puta! - Deu um soco nele.

Nisso já tava todo mundo olhando, o baile tinha parado faz tempo, o Jonas e o Tauã estava se matando lá enquanto a Régina chorava abraçada comigo.

Ouvir dois tiros e olhei pro meu padrinho descendo do camarote com a minha madrinha do lado, ele atirou pra cima fazendo o Tauã soltar o Jonas.

Ret: Levanta do chão porra! - Gritou com o Jonas. - Vem se meter com um homem da tua idade, ao invés de tá batendo em duas meninas, covarde do caralho! - Puxou o Jonas que ainda estava no chão.

Só sei que começou o barraco que óbvio o meu padrinho ia sair ganhando por ser o dono da porra toda! Jade chegou chamando a Régina pra beber água e tomar um ar, e eu subir pro camarote com a minha madrinha.

Alice: Eu não aguento mas viver com esse homem, eu não aguento mas olhar na cara dele madrinha. - Disse chorando.

Anna: Faz tempo que eu venho te observado estranha e a Jade também já tinha comentado comigo a mesma coisa, mas eu não falei nada pra não invadir a sua privacidade, porque você sempre soube que eu sou sua amiga e que pode contar comigo pra tudo, não sabe? - Assenti.

Alice: Eu nunca gostei dele e a vovó também não, só fui morar com a minha mãe porque ela ficou mal depois da morte da vovó e disse que ficava pior ainda porque me via muito afastada dela, porque se não nem lá eu pisava.

Anna: Tem que ter um motivo pra você não gostar dele...

Alice: Eu percebo os olhares maldosos dele pra mim, desde os meus catorze anos que ele me olha estranho, minha vó nunca deixou ele se aproximar de mim por causa disso. Segunda quando eu cheguei do trabalho e fui tomar banho ele invadiu o banheiro com a desculpa que aquela era a hora dele tomar banho. Caralho, eu me sinto mas em casa quando eu tô na loja do que no próprio lugar que eu moro, eu não aguento mas viver desse jeito.

Anna: Danielle sabe disso? - Neguei. - Isso é muito sério Alice, por quê você não me contou isso antes? Você tava vivendo em um lugar aonde não estava protegida, com um homem completamente estranho que não tem sentimentos nenhum de pai por você, meu Deus! O pior de tudo isso é a cegueira da sua mãe que não ver nada disso acontecer debaixo do teto dela, sua mãe sempre te amou tanto, cuidou tão bem de você, mas parece que esse homem virou a cabeça dela de um jeito que ela não enxergar mas você nem a Régina, é só ele.

Alice: Por isso eu tenho medo madrinha, tenho medo de contar e ela e a Régina não acreditarem em mim. Elas são as únicas pessoas que tem meu sangue aqui na terra, eu não sei se conseguiria viver sem o amor das duas.

Anna: É lindo da sua parte pensar na sua mãe e na sua irmã, mas antes de tudo você tem que pensar em você meu amor, você vem em primeiro lugar sempre. - Não sabia o que responder, apenas chorei nos braços dela que avisava o meu cabelo. - Vai ficar tudo bem, eu tô aqui com você...

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