Capítulo 49

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Jade

Poucos minutos o meu pai encostou a moto perto de mim e desceu me encarando, por um momento eu achei que ele ia me dar um murro mas ele se aproximou e me abraçou com toda força.

Ret: Me desculpa pelas coisas que eu disse com você, eu nunca quis te ver longe de mim... Mas eu não sei demonstrar porra nenhuma Jade, aquela foi a forma que eu encontrei de mostrar que tava doendo ver a minha menina, a minha caçula indo embora de casa com um cara que eu sabia que ia destruir a vida dela. - Falou olhando nos meus olhos.

Jade: Eu sei disso pai, eu fiquei triste por ter acabado com a nossa amizade, com a nossa família. Hoje a mamãe tá na pista com a minha irmã e meu sobrinho e o Théo e o senhor aqui, minha família tá toda dividida por minha causa, me perdoa.

Ret: A culpa não é sua a culpa foi minha que tava sendo durão demais com todo mundo, não pega pra tu coisa que tu nem tá no meio. Bora esquecer essas parada que aconteceu? - Assenti. - Se preocupa não que com o tal do Breno eu me entendo depois, ele vai pagar por tá querendo mexer com gente maior que ele e por ter mexido com o meu bem mais valioso. - Beijou a minha testa e eu me acabei em lágrima.

Eu tava feliz pela reconciliação com o meu pai, aquilo era o que me importava no momento, aquilo era o que me fazia bem, eu só queria a minha família junta novamente pra me sentir feliz.

Mas por outro lado o meu peito doia por amar alguém que me fez tanto mal, que me fez de idiota, que brincou comigo por causa de uma vingança idiota... Isso doía demais! Lembrar do Breno que eu achava que ele era e ver que essa pessoa nunca existiu me destruiu por dentro e eu não sei se consigo confiar em alguém de novo.

Eu e o meu pai viemos pra casa e ele me perguntou o que eu gostaria de fazer pra me alegrar, uma viagem, uma festa, compras e foi aí que eu lembrei que eu não tinha roupa nenhuma porque deixei tudo na casa do Breno quando sair correndo de lá.

Ele liberou o cartão sem limites e disse que eu poderia ir comprar quando eu quisesse, isso ia me alegrar um pouco mas o que eu queria mesmo era a minha família toda reunida nessa sala enorme, falando besteira, brigando por tudo e comendo tudo que tem direito.

Jade: Tem pagode hoje?

Ret: Tem, quer ir? - Assenti. - Vou tomar banho e trocar de roupa e a gente vai.

Jade: Acha mesmo que eu vou vestida assim? Como eu não tenho roupa, vou lá na casa da tia Carol pegar uma emprestada com a Gabriella.

Fui até a casa da Gabi que tava jogada no sofá quando eu cheguei mas eu fiz a cabeça dela pra ela ir comigo pro pagode e assim foi, antes de sair mandei mensagem pra minha mãe dizendo que tinha feito as pazes com o meu pai e que ia ficar por aqui mesmo.

Meu pai tava numa mesa com os caras lá e eu e a Gabi ficamos em uma mesa separadas falando da vida de todo mundo que tava por ali.

Cadu: O celular ou o coração? - Chegou apontando uma pistola de água pra gente.

Gabi: Teu cu, cabeção. - Ele espirrou água nela fazendo ela bater nele.

Cadu: Tô sabendo dos bagulho que aconteceu contigo, sinto muito mermo. Qualquer coisa eu tô por aqui, falou? - Falou me olhando e eu assenti fazendo toque com ele que saiu em seguida dizendo que ia fazer alguma coisa no bar.

Gabi: Cadu sempre foi louco por tu, sabe disso né mana?

Jade: Coisa da tua cabeça, Gabriella.

Gabi: Sério, só não ver quem não quer fia, no caso você.

Jade: Tás lendo fanfic demais, imaginando coisa aonde não tem. - Ela riu debochada. - As pessoas comentaram muito sobre o que aconteceu comigo?

Gabi: Sim, não sei como as coisas acabaram se espalhando assim tão rápido, mas eu tenho certeza que alguém do nosso meio anda fazendo fofoca, isso é feião.

Jade: Por isso quando eu cheguei hoje tavam me olhando estranho.

Gabi: E tu se importa? Liga não mana, eles não tem nada haver com a tua vida e outra, jaja todo mundo esquece isso. - Assenti e o Cadu voltou com bebida pra nós, ficamos conversando ali até altas horas.

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