Capítulo 27

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Lua 🌛

Tava morrendo de dor de cabeça e fui me deitar pra ver se conseguia ter um pouco de paz e me livrar desses pensamentos confusos.

Até ouvir barulho de tiro e me acordar assustada, desci com um vestido quase transparente vendo a minha mãe rindo, a Domdom com uma arma na mão e o Tauã caído no chão, sagrando.

Lua: Que porra é essa aqui? - Gritei.

Thales: Domdom deu um tiro no pé do Gaspar. - Minha mãe continuou rindo.

Lua: Por que tu fez isso, Dominic?

Domdom: Ele chegou aqui insistindo pra falar contigo e eu disse que não, mas ele continuou insistindo, não tive paciência e atirei nele. E se tu disser que queria falar com ele também eu dou um tiro no teu pé também pra deixar de ser safada.

Lua: Meu Deus, levem ele pra o postinho. - Falei com os meninos que faziam a segurança da casa e assim eles fizeram.

Minha irmã e minha mãe eram duas malucas, papo reto! Entrei novamente e deitei na minha cama só pra descansar o corpo porque eu não iria conseguir dormir depois do que houve.

Thales: Posso entrar Lua? - Concordei vendo ele entrando. - Não foi trabalhar?

Lua: Entreguei o serviço, to com a mente cheia e preferi tomar conta da minha saúde mental. - Ele assentiu e eu percebi ele meio inquieto. - O que aconteceu, Thales? Tu tá todo estranho e eu te conheço demais pra saber que ti não tá nada bem.

Thales: Vou te mandar a real logo de uma vez, eu sempre fui apaixonado em tu tá ligado, nunca fiquei contigo e pá o que prova que eu te amo de verdade porque eu amo o teu jeito, tu é uma mina foda do caralho e eu só queria uma chance de te mostrar que eu posso ser o homem da tua vida.

Lua: Porra, sei nem o que te dizer, papo reto. Tu me pegou de surpresa Thales, eu nunca me toquei que tu sentia essas parada até porque tu ficou com a minha irmã, sabe? Isso é muito sem lógica pra mim.

Thales: Domdom além de ser linda é uma mina da hora por isso eu quis ficar com ela, mas é tu que eu sempre amei, até tua irmã sabe disso.

Lua: Eu nunca te vi como homem, você sempre foi meu amigo, meu melhor amigo e até mesmo um irmão mais velho que sempre me protegeu de tudo e de todos. Eu não posso ficar com uma pessoa que eu não enxergo com outros olhos, me entende, Thales?

Thales: A gente pode tentar, Lua! Eu sei que você ama o Gaspar mas você viu que ele não te merece, eu não me importo de você gostar dele, eu vou ser paciente e saber te esperar. - Não sabia o que falar então deitei no peito dele sentindo ele fazendo cafuné no meu cabelo. - Eu te amo, independente de qualquer coisa eu nunca vou deixar de te amar.

XL: Ei patroa, desculpa incomodar. - Um dos seguranças da casa entrou. - O Gaspar tá pedindo pra senhora ir no postinho, ele tá lá bem agitado e disse que quer falar com a senhora agora. - Respirei fundo e me levantei.

Thales: Você vai? - Olhei pra ele e dei um beijo na bochecha dele.

Lua: Eu vou ver o que ele quer antes que ele endoide as meninas do postinho, tá bom? Mas eu ainda vou conversar com você sobre isso, me deixa pensar um pouco? - Ele assentiu meio triste e eu sair do quarto vendo a Dominic em pé na porta do quarto dela e me olhando com negação.

Fui no postinho e as meninas estavam doidas com o escândalo do Tauã por causa da porra do tiro no pé.

Tauã: A tua irmã é uma doida, assassina, ela quase me deixa aleijado por causa desse tiro. - Tia Bruna riu.

Lua: Que eu saiba um tiro só deixa uma pessoa aleijada quando é na coluna, nunca vi ninguém aleijado com tiro no pé.

Bruna: E o tiro pegou de raspão, Dominic não teve intenção nenhuma de acertar ela só queria dar um sustinho nele.

Lua: Me chamou aqui pra dizer coisa com a minha irmã?

Tauã: Fica aqui comigo, eu preciso tanto de tu.

Lua: Alguém liga pra tia Priscila vim ficar aqui com ele? Eu não sou tua mãe não, folgado.

Bruna: Priscila disse que só vem depois que a novela terminar, Thalita disse que tá morrendo de sono e não ia deixar de dormir pra vim aqui e Fantasma tá fazendo umas cobranças fora do morro.

Lua: Ih, se nem a tua família quer vim te ver por quê eu deveria né? - Ri. - Tchau, tchau bebê. - Mandei beijo no ar e sair ouvindo ele gritar meu nome enquanto a tia Bruna ameaçava dopar ele com uma injeção calmante.

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