Capítulo 21 :

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Alice: Victor a Clarinha está te chamando lá no quarto dela.

Ele ouviu de Alice que após um tempo sumida da festa, apareceu novamente no meio das pessoas que ainda dançavam dando esse recado, ao ouvir aquilo, ele abriu um sorriso de orelha a orelha e deixou seu copo de bebida em cima de um balcão. Subiu a escada em silêncio, imaginando o que sua adorável Maria Clara estava querendo e ao abrir a porta do quarto dela, não enxergou completamente nada, estava tudo completamente escuro.

Maria Clara: Olá meu amor.  — A voz dela soou no mesmo momento que a luz se acendeu, fazendo ele se sobressaltar pelo susto de ver ela parada bem ao lado dele, segurando o interruptor.

Seus olhos se arregalaram ao ver Maria Clara completamente diferente do que era todos os dias, olhando de baixo para cima, viu os saltos altos que ela estava usando anteriormente da festa e embaixo do sapato, uma meia 7/8 preta, parando exatamente onde sua saia azul terminava, bem no meio da coxa, subindo o olhar reparou a camisa de botões branca que ela usava os dois primeiros botões abertos. Deus, aquela era mesmo sua namorada?

Subiu o olhar para cima e foi ai que pulou para trás, ela estava com uma máscara de mulher gato que a viu pulando horas antes no meio da festa e nas mãos segurava um cinto marrom, sorrindo de um modo que ele ainda não tinha visto.

Maria Clara: Preparado para brincar de Christian Grey? — falou docente, com uma inocência completamente falsa.

Victor continuou com os olhos arregalados, sem conseguir balbuciar uma palavra.

Victor: Que palhaçada é essa? — perguntou e tentou se virar para a porta, mas ela acabou chegando nela primeiro e girou a chave no trinco e colocou o objeto dentro da sua blusa. — O que você pensa que vai fazer?

Maria Clara: Ué, meu amor, você não anda espalhando que nós estamos brincando de masoquismo? Nunca tinha pensado que você gostava dessas coisas, mas podemos começar a partir de hoje.

Sem que ele esperasse ela jogou o cinto para frente, este que estalou ruidosamente na perna dele. Victor gritou e avançou em cima dela, tentando tirar o cinto das mãos dela.

Maria Clara: Quietinho Victor, não era você que queria brincar disso? Agora tem que obedecer. — falou novamente docemente e ele segurou os braços dela, para levar mais uma cintada dessa vez no braço.

Victor: Para de me bater! Está doendo sua maluca! — gritou com ela que saiu correndo para o outro lado do quarto, antes que ele pegasse o cinto das mãos dela.

Maria Clara: Na hora de me difamar para os meus amigos você não lembrou o quanto poderia doer né, seu palhaço? — gritou e ele abriu um sorrisinho malicioso, provocando-a.

Victor: Eu estava defendendo sua honra!

Maria Clara: Falando aqueles absurdos de mim? Você realmente sabe proteger mocinhas indefesas.

Ela correu mais uma vez quando ele avançou pela cama, chegaram até a pequena mesa de vidro e cada um ficou de um lado.

Maria Clara: Gostaria mesmo de te bater, porque seria a única solução para acabar com a raiva que eu estou de você. — fechou a mão em punho.

Ele caiu na gargalhada, deixando ela ainda mais irritada. Meio sem jeito, jogou o cinto em cima dele novamente e dessa vez pegou no ombro dele. Victor gritou e antes que ela fizesse mais um movimento, pegou a ponta do cinto que tinha batido em seu ombro e o puxou, fazendo Maria Clara vir junto, tombando em cima da mesa de vidro, acabaram ficando ambos segurando uma ponta do cinto, em um cabo de guerra para lá de diferente. Ela quase soltando o cinto, acabou pegando a primeira coisa que sua mão tocou e ergueu para o alto. Victor a olhou com os olhos arregalados.

Victor: Esse vaso custa dois mil dólares, você sabe quanto está o dólar? Sua mãe vai te mat...

Antes que falasse, o vaso explodiu bem ao seu lado, quase pegando em sua cabeça, completamente sem ação, ele soltou a ponta do cinto e olhou os cacos do vaso de porcelana no chão, para logo depois olhar para ela que sorria debochadamente.

Victor: Você quer guerra não é? — cruzou os braços e ela deu risada e antes que percebesse, ele saiu correndo para a cama e pegou um travesseiro, ao virar para ela, a garota já estava com um porta retratos na mão.

Maria Clara: Esse é por quase ter beijado aquela prostituta. — jogou o objeto em cima dele, que rebateu com o travesseiro.

De um lado, estava Maria Clara pegando objetos, não importando o que fossem e do outro, Victor rebatendo com o travesseiro.

Maria Clara: Isso é por me irritar desse jeito! — e lá se foi o Louboutin de Alice na cabeça dele.

Victor: Você está brincando com fogo, Maria Clara. — falou em um tom rouco e como resposta, teve que desviar de uma luminária em formato de ursinho que espatifou no chão.

Quase todo o quarto já estava do lado dele em pedaços e aflito com aquilo, pegou mais dois travesseiros, se protegeu e pulou em cima da cama, invadindo o território dela.

Victor: Cansei dessa palhaçada.

Disse assim que puxou novamente o cinto das mãos dela, Maria Clara foi a solavanco para frente e segurou o cinto com as duas mãos. Victor deu mais dois passos e a agarrou pela cintura, com cinto e tudo, a jogou contra a estante, fazendo alguns livros caírem em cima dos dois.

Victor: Se ainda não chegou nessa parte do seu livrinho erótico, masoquismo é  sentir prazer com a dor. Agora que aprendeu isso, vou lhe contar três coisas. Primeiro: Não estou sentindo prazer nenhum com isso. Segundo: Victor Queiroz nunca seria submisso a ninguém e terceiro: eu não sou masoquista, Maria Clara Picoli.

Pegou o cinto das mãos dela e o puxou com força para o chão. Maria Clara olhou para cima com um sorriso e ele a tomou nos braços, tirando seus pés do chão e a prensando ainda mais contra a estante.

Victor: Claro que isso não me faz nenhuma falta, porque sou bom em outras coisas, isso você pode confirmar. — dizia enquanto beijava o pescoço dela, ela o olhou e sorriu.

Maria Clara: Quem disse? — arqueou a sobrancelha e Victor levantou os olhos, não acreditando que ela tinha dito aquilo.

Victor: Não tem problema, eu lhe demonstro agora mesmo. — tirou as costas dela da estante e a empurrou para o chão.

Maria Clara arregalou os olhos ao bater as costas no tapete fofo. Ele a olhou maliciosamente e não esperou muito para deitar em cima dela.

Maria Clara: Eu estou muito brava com você. — fez um bico e ele sorriu, passando a mão por debaixo da camisa dela.

Victor: Vou fazer você mudar de ideia, quer ver? – sussurrou no ouvido dela.

Maria Clara ficou quieta, ele a fitou e antes que ela reagisse de alguma forma, ele puxou a camisa dela, fazendo com que os botões de pérolas voassem para todos os cantos.

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Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora