Capítulo 108 :

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Guilherme: Eu faço uma investigação... Eu viro esse pardieiro de cabeça para baixo, mas vamos achar quem fez essa palhaçada.

Foi o que Anne conseguiu ouvir por cima, já que Guilherme não falava, ele berrava. Então ele tinha vindo do Brasil para a Coréia apenas para resolver o problema da Ferrari? Ele não gostaria nada de saber que ela tinha resolvido de um modo bem mais fácil.

Cutucou as costelas de Arthur que prontamente virou e encarou o mecânico da McLaren em sua frente. Antes que ele a batesse, ela pegou a mala e jogou em cima dele, se apressando em abrir o zíper e assim que liberou o conteúdo da mala para os olhos incrédulos de Arthur, ela jogou o tubo com o projeto para Lucas.

Arthur: Mas como...? — não estava entendendo nada. Porque um mecânico da McLaren estava entregando de bandeja toda a armação deles?

O mecânico começou a se afastar e os três continuaram com os olhos nele. Até uns dois metros à frente, ele tirar o capacete e mostrar um cabelo longo, castanho e liso. A boca dos três se abriu em completo choque e quando o "mecânico" virou-se e deu um sorriso debochado para eles. Olhou para o lado e encontrou Victor, que veio até ela e chocou sua mão contra a dela.

Arthur: Eu não acredito nisso. — caiu na gargalhada ao ver Anne abrindo o zíper do macacão e se livrando dele enquanto caminhava tranquilamente pelo paddock.

Sua equipe foi até ela e lhe entregou o microfone e pelo modo como a cercaram, eles deviam estar preocupados com o sumiço dela.

Guilherme: Estou apaixonado. — disse um tanto boquiaberto com a atitude e a coragem de Anne de fazer aquilo.

Ele tinha ido até ali para resolver aquele problema e ele foi resolvido da onde menos esperava. Lucas e Arthur olharam para ele com a testa franzida.

Lucas: Sério? — arregalou os olhos e Guilherme cruzou os braços.

Guilherme: Mas é claro que não. — revirou os olhos e foi para dentro do motor home.

Os gritos dentro do motor home da McLaren começaram vinte minutos depois que Anne saiu dali e o chefe de equipe Martin Witmarsh estava atrás do projetista Paddy que comia tranquilamente um bagel caramelado no refeitório.

Martin: Você está me fazendo de palhaço? — os gritos dele ecoaram por todo o refeitório e fez todos se encolherem, inclusive o projetista. — Eles nos enganaram seu idiota, olha esse projeto. Perdemos todo esse tempo e você nem lê o que eles escrevem. — jogou o papel em cima do homem que completamente confuso desenrolou o papel e o abriu em cima da mesa, vendo algumas coisas escritas ao invés dos desenhos e gráficos que ele tinha certeza que deixou em cima de sua cama.

Comece com três xícaras de água. Espere ferver. Jogue o macarrão. Prepare o molho. Deixe o macarrão al dente. Sirva quente.

Isso é o máximo que vocês chegarão perto da Ferrari: Comendo nosso macarrão de comemoração do Tricampeonato. Porém, se não conseguirem copiar, fiquem à vontade e sejam bem vindos para nossa festa.

PS. SSSSSSSS viu as minhoquinhas? SSSS mais minhoquinhas. SSS só mais três.

Martin: Está demitido! — berrou no ouvido de Paddy e logo saiu marchando furiosamente para sua sala, deixando todos da McLaren com cara de taxo.

No domingo a Ferrari fez festa quando Júnior e Mark subiram ao pódio, acabando com a vantagem da McLaren, que nem chegou a pontuar, após o piloto chegar em décimo segundo e o outro explodir o motor. O vexame que eles estavam pagando não tinha preço de se ver. A imprensa e os fãs da escuderia caíram em cima e eles não tinham nem o que explicar. Restou a Bernie Ecclestone ficar em seu canto admirando a festa que a Ferrari fazia.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora