Capítulo 124 :

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Carla: O Gui hoje está digamos que... Indeciso, não é? — disse para sua irmã, Anne, que estava parada ao seu lado perto da pista de dança.

Após expulsar as duas vagabundas que estavam dando em cima do seu marido, ela resolveu ficar ao lado da irmã, antes que matasse seu marido, este que estava no bar, junto dos amigos e de Boninho. Ele estava sob seu campo de visão e toda vez que ele lhe encarava, ela cruzava os braços e virava um copo de qualquer coisa que passava em sua frente. Carla sabia que ver ela beber o irritava muito e sinceramente, depois dele participar de toda aquela palhaçada, queria vê-lo muito irritado.

Anne olhou na direção onde Carla apontou e viu Guilherme com três garotas, se revezando entre as três.

Carla: Isso te incomoda? — olhou para a irmã que continuava encarando a situação.

Anne não respondeu, pois realmente não sabia administrar aquela situação. Obviamente ela e Guilherme tinham um relacionamento que se consolidava na base do sexo, não passava disso, não haviam jantares românticos, viagens ou conversas sérias. O que existia era ele lhe ligar e dizer que estava chegando, ou ela procurá-lo quando sabia que estavam em algum lugar, tudo isso para obter um fim.

Ela sabia muito bem que não iria para frente e sinceramente nem queria que fosse. Sabia que ele tinha outras pessoas e ele também não negava. Talvez fosse melhor daquela forma, sem cobrança, sem amor, sem sofrimento, mas ver ele agarrando três mulheres em sua frente, mexeu em algo dentro dela. O que não agradou nem um pouco.

Anne: Não tenho uma resposta para sua pergunta. — deu de ombros.

Carla sorriu e assentiu, já sabendo que ela responderia algo parecido.

Anne: Preciso ficar com alguém hoje. Alguém que não me deixe roxa, nem com preferências sexuais que me assustam. — abriu um sorriso e Carla começou a rir.

Carla: Olhe em volta meu amor, homem é o que não falta aqui. — virou uma taça inteira de champanhe e abriu um sorriso para Arthur, que a encarava do outro lado.

Anne também sorriu e passou a analisar as pessoas que estavam em volta dela.

Anne: Aquele ali. Que cara lindo! — gritou e apontou para um loiro há alguns metros dela. Carla analisou o cara de costas e abriu um sorriso.

Carla: Manda ver. — bateu na bunda dela.

Anne jogou o cabelo para frente e depois arrumou ele para trás para logo depois sair rebolando na direção do cara. Carla ficou parada e quando Anne já estava longe dela, o cara virou e a morena arregalou os olhos. Anne e seu dedo podre. Não conseguiu avisar sua irmã de quem se tratava e quase caiu para trás ao ver que ela chegou com tudo em cima do cara e o agarrou, dando um beijo no único cara que obviamente não iria querer ela, pois era Will, empresário de Thaís e totalmente e absolutamente gay.

Ao ver a cena Carla começou a gargalhar sozinha, ainda mais depois de ver a cara de Guilherme quando se deu conta do que estava acontecendo, ele empurrou uma das garotas que caiu em cima das outras duas e ficou parado, de braços cruzados mirando a cena. Uma coisa podia dizer: Anne estava completamente ferrada essa noite.

Maria Clara: Mãe... — a voz conhecida vez com que Carla parasse de gargalhar e olhasse para o lado, encontrando sua filha com os olhos cheios de lágrimas. — Eu não acho o Victor. — falou baixinho.

Carla sentiu a barriga gelar. Estava na festa há alguns minutos e realmente Victor tinha sumido, ninguém sabia onde ele estava.

Carla: Procurou na parte de trás filha? — apontou para o fundo da boate que estava coberta com alguns tecidos escuros.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora