Capítulo 105 :

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Na quarta feira todos estavam reunidos no jardim exótico em Les Revóires, em Mônaco para o ensaio do casamento. Este seria no final de semana, mas como a Ferrari tinha que viajar para o GP da Coreia acabaram tendo que adiantar. O jardim estava completamente iluminado com luminárias japonesas que deixava o lugar em uma clima romântico, parecido com o que Thaís e Maria Clara estavam combinando ainda com a decoradora para Arraial do Cabo.

Todos estavam lá, Beatriz correndo atrás de Heitor, que quando não estava rolando no chão, estava andando escorado nas paredes, mas logo caia no chão para o desespero de Carla, que já tinha desistido de contar os machucados que o menino tinha pelo corpo. Maria Clara estava toda nervosa e não parava de tagarelar para Alice sobre o apartamento que ela e Victor estavam vendo em Cambridge e as duas estavam felizes, pois Alice também passaria boa parte de seu tempo por ali e as duas não deixariam de se ver.

Lucas estava jogado em um canto do jardim conversando com Victor sobre o primeiro teste com o novo difusor que fez o carro abaixar três segundos logo na primeira volta, mas seus olhos desviavam as vezes para Alice, que estava sendo realmente a atração da noite, com uma tailleur cinza da Chanel e uma meia calça preta, combinando perfeitamente com o sapato preto de verniz que ela usava. Beatriz só faltou tirar do corpo dela e vestir, de tanto que tinha adorado o novo "eu" de Alice. Ele até achava engraçado, pois estava contando os dias para Alice se cansar de se vestir como a rainha Elizabeth e sair com seus shorts jeans e saltos quinze centímetros, mas o que não era engraçado era vê-la sendo obediente, como um cordeirinho a Rose, que estava se saindo um segundo Hitler, até com a postura de Alice ela conseguia implicar e ver Alice sem defesa alguma, o irritava absurdamente.

Thaís estava por ali também, conversando calmamente com a decoradora e curtindo aqueles primeiros momentos da preparação do casamento com Júnior, que já começava a entrar no clima das celebrações. Os pais dele não puderam comparecer, mas Victoria estava ali.

Anne estava encarregada de cuidar das gêmeas e após dez minutos cuidando dela que não paravam e Manu enfiar o dedo em um cacto, ela desistiu de ter filhos. Como Thaís aguentava aquelas meninas que não desligavam? Mas elas eram fofíssimas, querendo falar as primeiras palavrinhas que acabavam saindo nada mais que balbucios. Seu momento com as meninas durou pouco, muito pouco, pois a figura da última pessoa que ela queria ver em sua frente apareceu.

Anne: Não creio nisso. — tampou o rosto com as mãos e viu o sorriso debochado de Guilherme aparecer. — Como você veio parar aqui?

Guilherme: Foram as suas saudades que me trouxeram. — fez um coraçãozinho com a mão.

Anne teve vontade de começar a chorar. Guilherme conseguia tirar ela do sério por mensagem de celular, pessoalmente isso não durava um minuto. Dani engatinhou até os pés de Guilherme que apenas deu um sorrisinho e deu um chute de leve na menina, como se estivesse espantando um cachorro.

Guilherme: Vai procurar a mamãe vai. — gesticulou com as mãos e Dani achou graça, mostrando seu sorriso sem dentes para ele.

Anne: Você chutou a menina. — tirou Daniela do chão e ela esticou os bracinhos para Guilherme, que apenas deu um tchauzinho para ela. — Fala sério, você nem é da família para estar aqui. — revirou os olhos.

Anne saiu correndo atrás de Manuela, que estava lambuzando a mão na poça de água e passando no rosto. Tentou pegar ela pelo outro braço, mas as meninas eram pesadas juntas e ela foi se equilibrando de volta para o banco, segurando Dani pelo vestido e Manu pelas pernas. Guilherme estava gargalhando quando ela se sentou ao lado dele.

Guilherme: Seu instinto materno me emociona. — fingiu limpar as lágrimas embaixo dos olhos e Anne apenas o fuzilou. — Quer ter um filho comigo? — abriu um sorriso malicioso e Anne jogou a cabeça para trás.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora