Capítulo 50 :

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Thaís esticou as pernas na cama e deitou a cabeça no travesseiro. Foda-se o que ele iria dizer pela manhã, ela estava só cuidando dele. Passou algumas horas curtindo o momento de estar deitada com ele após tanto tempo longe, sentindo a pele dele roçando em seu braço.

Júnior: Thá... Eu senti saudades. — murmurou e segundos depois rolou na cama, colando seu corpo nas costas dela e as mãos foram para a barriga.

Thaís arregalou os olhos no mesmo segundo e olhou para trás, ele dormia, embriagado no sono de doente dele e continuava quente. Estava delirando apenas. Ficou quietinha por algum tempo, até ele se encostar-se a ela mais ainda. Estava tão calor a algum tempo atrás? Ela não conseguia ficar parada pois a quentura subia de cima para baixo nela, sem saber muito bem o que estava acontecendo, desvencilhou-se de Júnior e ficou sentada na cama, olhando para ele.

Ele estava sem camisa e apenas com uma bermuda de dormir que o deixava extremamente atraente. Que Júnior era lindo e ela sempre foi louca por ele, ela sabia, a única coisa que não sabia era o quanto ela o desejava naquele momento. De onde veio toda aquela vontade? Todo aquele calor?

Não iria fazer isso. Não podia fazer isso. Ela não podia fazer isso?

Aproximou-se lentamente dele e sentiu a respiração dele batendo contra sua bochecha. Ele nem se mexia, de tão pesado que era seu sono. Talvez não devia ter dado três remédios em seguida para ele, tadinho. Mas aquilo lhe traria algum beneficio. Inclinou-se sob ele e sentiu sob o seus lábios a pele dele, quente e macia. Beijou sua testa e desceu lentamente para a bochecha. Metodicamente espalhou beijos pelo rosto dele e ao final, subiu em cima da barriga dele e ficou parada encarando a boca fechada e rosada daquele homem que estava a deixando louca, mesmo dormindo. Aquilo era errado? Apostava que se fosse ela ali, ele faria a mesma coisa com o alto nível de taradisse dele.

Mandou tudo ao inferno e selou os dois lábios. Ao sentir a boca dele, alguma parte dela entendeu aquilo como aproveita enquanto é tempo. Como era bom beijar ele novamente, mesmo que ele não tivesse consciência disso e nem tivesse correspondendo. Mas ela sentia... Sentia e adorava. Desceu os beijos para o pescoço dele, para a nuca, alternando entre beijos e mordidas, na intenção que ele acordasse de uma vez. Mas não acordava, nem se mexia.

Desceu para o peitoral dele, deixando que seus cabelos se esparramassem pela barriga definida dele. Continuou seu caminho de beijos, segurando o ombro dele com as unhas, até chegar no lugar que ela desejava. Porra! Ele estava mesmo dormindo? Como era possível estar daquele jeito quando estava completamente dopado?

Desceu uma das mãos que estava no ombro dele, fazendo um caminho com a unha por toda a barriga dele, até a região que ela olhava boquiaberta. Que suas filhas estivessem dormindo naquele momento.

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A primeira coisa, assim que Júnior abriu os olhos foi observar que estava completamente embolado em Thaís que ressonava tranquilamente com o rosto em seu braço esticado e as mãos em seu peitoral. Mas que droga tinha acontecido ali?

Percebeu que o motivo que o fez acordar assustado foi a campainha que continuava a tocar incansavelmente. Se soltou de Thaís, sentindo uma completa vergonha dele mesmo por ter deixado que aquela situação ocorresse. Que queria a companhia dela e que sentia saudades era uma coisa, agora dormir agarrado com ela passava dos seus limites.

Júnior: Arthur?

Júnior gritou com horror assim que viu o irmão de Thaís parado em frente a sua porta, quando ele sabia muito bem que a irmã dele, por acaso sua ex-namorada, estava dormindo em sua cama. Com o grito sua garganta doeu e ele se lembrou que por mais que doesse, já se sentia bem melhor.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora