Capítulo 76 :

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Dr: Sr. e Sra. Picoli...

O médico apareceu trinta minutos depois, quando todos ainda comemoravam e faziam Victor contar tudo que tinha acontecido despertando novamente a atenção de todos.

Dr: A filha de vocês acordou. — anunciou com um sorriso no rosto e viu Carla e Arthur se abraçarem completamente aliviados. — Eu não sei o que aconteceu, nem como, mas ela está perfeita... — seu olhar passou para Victor que abriu um sorriso enorme. — Está se lembrando do nome, do nome dos pais, onde mora e a última lembrança dela.

Arthur: Não houve sequela nenhuma?

Dr: Acabamos de tirar o tubo de respiração dela e fazer o primeiro exame neurológico e pelo que vimos está tudo bem. Claro que vamos fazer outros para nos certificar que tudo está bem para ela, mas ela abrir os olhos e estar com a memória, já nos dá a entender que está tudo bem. — explicou calmamente.

Carla respirou fundo, completamente aliviada e feliz por saber que sua princesa estava bem.

Carla: Eu posso vê-la?

Dr: Claro, vim chamar você e o Sr. Picoli para ir até ela e fazermos mais algumas perguntas que os senhores saibam a resposta.

O médico falou e Carla e Arthur assentiram, para o desgosto de Victor que apenas fez cara feia e sentou-se na cadeira emburrado.

Carla: Ai meu Deus, você está mesmo acordada.

Carla colocou as mãos na boca assim que entrou na sala e viu Maria Clara sentada na cama, recebendo comida na boca da enfermeira. Ao lado dela, estava um neurologista que monitorava os primeiros movimentos dela e ao que parecia a coordenação motora também não tinha sido prejudicada, uma vez que ela conseguia segurar o guardanapo e limpar a boca. Ao ouvir a voz de sua mãe ela sentiu seus olhos se enchendo de lágrimas e naquele instante se deu conta de tudo que tinha acontecido com ela. Do medo que tinha passado. Do pavor ao ver aqueles loucos brincando com a vida de seu irmão, dela e de sua tia. Do sentimento horrível que era saber que não veria sua mãe, seu pai, seu irmão e Victor nunca mais.

Carla: Meu amor. — atirou-se em cima dela, lhe abraçando com todo carinho e proteção que poderia oferecer a sua menina depois de todo aquele pesadelo.

Beijou o rosto dela em todo canto e lhe abraçou novamente. Arthur foi para o outro lado e junto da mulher, abraçou a filha que ergueu os dois braços e retribuiu o abraço.

Arthur: Graças a Deus está aqui conosco. — beijou o topo da cabeça dela e conseguiu pela primeira vez após aquelas semanas respirar aliviado por saber que ela estava bem e ficaria ao lado deles para sempre. — Eu amo você filha.

Maria Clara: Também te amo pai... Amo os dois.

Maria Clara abriu um pequeno sorriso que lhe causou uma dor na lateral de sua cabeça e viu os pais chorarem de emoção por ouvirem aquelas simples palavrinhas que acharam que nunca mais fossem ouvir.

Maria Clara: Fácil... — revirou os olhos. — Ele tem dezoito anos. — respondeu prontamente a idade do seu irmão e recebeu novamente palminhas.

Arthur: Essa é difícil hein! Que bairro morávamos no Rio de Janeiro? — olhou para ela que respirou fundo.

Maria Clara: Leblon. — disse com uma voz entediada. — No Jardim Pernambuco. — completou.

Os médicos sorriram um para o outro. Não havia dúvidas que ela estava perfeita e que tinham presenciado um milagre com aquela garotinha.

Carla: E qual é a frase que o Victor mais fala? — abriu um sorriso ao falar de Victor e ver os olhos de Maria Clara brilharem.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora