Capítulo 98 :

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Dias depois a escuderia embarcou rumo a Cingapura e com eles, Thaís com as gêmeas e Carla com Heitor embarcaram juntos. As gêmeas não davam um minuto de sossego para Thaís, ainda mais quando ela queria ficar perambulando no boxe e elas armavam um escândalo quando ouviam algum barulho de motor de carro. Ao que parecia, elas não tinham puxado nem um pouco dela nem de Júnior.

Já Heitor, há duas semanas ensaiava engatinhar e depois de muita persistência e de alguns tombos na escada de casa, ele não parava pelo box, engatinhando entre o meio das pernas dos funcionários, indo atrás de Lucas para onde quer que ele fosse e deixando Carla louca, uma porque ele estava completamente cinza e outra que um mecânico da McLaren trouxe ele nos braços após o encontrar dentro do box da equipe dele. Ele com toda certeza era a atração do box e ficava ao lado de Arthur enquanto ele conversava com os pilotos ou então com Lucas, sentadinho brincando com algumas peças. Restou a Carla aceitar, pois já era muito óbvio o rumo que Heitor estava destinado a tomar.

Júnior: Carla, seu filho estava mordendo o pé da Manu e a Dani resolveu fazer a mesma coisa. Um exemplo de criança e isso porque só tem um dente.

Júnior chegou no motor home segurando Heitor e fazendo todos rirem, pois junto de Heitor ele também segurava as filhas deles. Carla esticou o braço para pegar o filho que nem quis saber dela, saiu engatinhando para o tapete onde estava seus brinquedos. Manu e Dani resmungaram porque queriam seguir Heitor, o que sempre acontecia, como era mais velho, ele aprendia as coisas, fazia e as gêmeas imitavam, o que quase sempre era terrível, uma vez que Heitor estava ficando terrível.

Carla: Cadê a Thaís? Ela falou que ia esquentar a papinha das meninas e sumiu. — franziu a testa enquanto teve que erguer os pés pois Manu passou rolando como uma bola ao lado dela, exatamente o que Heitor estava fazendo.

Júnior: Vou ver se ela está bem.

Ele olhou para as filhas e não pode deixar de sorrir, não existiam coisas mais fofas do que aquelas duas loirinhas e era impressionante como em seis meses elas conseguiram mudar toda sua vida. Deu um pulo para o lado quando Heitor jogou um mordedor na canela dele e começou a gargalhar.

Júnior: Eu espero que esse terrorista não tenha essa persuasão quando crescer, ou então minhas filhas vão para um internato a três mil quilômetros dele.

Ele mostrou a língua para Heitor, que fez a mesma coisa e começou a gargalhar, as gêmeas obviamente fizeram a mesma coisa e tombaram para trás gargalhando.

Carla: Você que ensina coisa errada, não está vendo? — revirou os olhos.

Júnior saiu rindo pelo corredor até a cozinha onde esperava encontrar Thaís. Ele entrou no refeitório e viu ela sentada em uma das banquetas apoiada em uma bancada lendo alguma coisa. As papinhas estavam fumegando na panela e ela parecia esquecida da vida. Ele quis saber o que estava a distraindo daquele modo e então foi pé ante pé até ela e ao chegar por trás, arregalou os olhos. Thaís estava com uma caneta marca texto na mão, destacando algumas imagens da revista que estava lendo, seria algo extremamente normal, se nas páginas não tivesse vestidos de noiva e bolos de casamentos destacados.

Júnior: Teremos um casamento e não fui convidado? — sussurrou no ouvido dela.

Thaís pulou tão alto que quando voltou quase caiu do banco. Ela fechou a revista rapidamente e a jogou longe.

Júnior: O que você está aprontando? — cruzou os braços e desligou o fogão.

Thaís: Eu estava vendo para a Maria Clara. — gaguejou para falar e Júnior continuou a olhando desconfiadamente. — Ela... Ela me pediu.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora