Capítulo 80 :

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Will: Mas que coisa mais cute cute! — disse com as mãos juntas enquanto olhava para as gêmeas que dormiam tranquilamente no quartinho delas.

Thaís parou atrás do homem e cruzou os braços com um sorriso no rosto. Era a primeira visita que não fosse de sua família que recebia e ter Will, seu grande amigo e empresário ali estava a deixando imensamente feliz.

Will: Quem diria em Thaís? Você mamãe.

Thaís: Foi a melhor coisa que já fiz em toda minha vida. — disse completamente encantada com aquele dois serzinhos que estavam tirando todas suas noites de sono, toda sua disposição e seu tempo, mas que conseguiam compensar tudo com um sorriso banguela e caretas fofas.

Will: Elas são a cara do Júnior. — falou também debruçado na grade do berço e viu Thaís revirando os olhos. — Agradeça meu amor, aquele homem é...

Thaís: Meu namorado. — o cortou com um olhar mortífero que fez Will gargalhar. — Vamos comer alguma coisa, elas não vão acordar agora.

Ela puxou Will pelo braço e o levou até a cozinha, onde tirou do congelador uma lasanha pronta e colocou no forno.

Thaís: Não olhe com essa cara, eu não tenho tempo de fazer mais nada.

Will: Isso vai durar mais quanto tempo? — perguntou com as mãos apoiadas no queixo.

Thaís: Como assim? Até que eu respire, né Will... Tenho que cuidar delas. — revirou os olhos e arrumou os dois pratos na bancada para eles comerem, logo depois pegou as taças e despejou um tanto de vinho.

Will: Se eu falasse para você sobre o seu trabalho. — olhou atentamente para sua cliente, que franziu a testa. — Você me diria o que?

Thaís: Que eu não tenho tempo nem de lavar meu cabelo, quem dirá trabalhar. — mostrou uma mecha do cabelo sujo para Will que fez uma careta e se afastou. — Sei lá Will, eu ainda não pensei sobre isso. É claro que eu quero voltar, daria minha vida para entrar num carro novamente e acelerar, mas as meninas precisam de mim e o Júnior vive viajando, seria difícil para elas lidar com os pais não parando em casa.

Explicou calmamente para ele que assentiu e pareceu começar a pensar no que ela dizia, quase não reconhecendo a Thaís de sempre.

Thaís: E além do mais, você mesmo me disse que depois de tudo que aconteceu com os Viana, eu não consigo mais entrar na Indy.

Will: Isso não vem ao caso, mas você sabia que os Viana venderam a equipe? — perguntou e Thaís abriu a boca, chocada. — Ao que parece venderam para pagar os processos e tudo mais...

Thaís: Eles não precisavam disso, são super ricos. — franziu a testa, não compreendendo o porquê daquilo, já que eles tinham várias empresas e ações por todo o mundo.

Will: Os custos do processo, a indenização para você, o Júnior e todo o resto da família Picoli, acabou com eles. — balançou os ombros.

Thaís arregalou os olhos. Indenização? Ela sabia apenas o que tinha sido dito a ela no interrogatório e alguns dias da policia. Luan continuava foragido e quem estava respondendo por ele era o pai, que estava espumando de raiva enquanto a mãe morria de vergonha de toda a sociedade.

Will: Eles arrecadaram mais de 1 bilhão, mas ainda falta muita coisa para pagar. — completou e Thaís terminou de abrir a boca, mais chocada ainda.

Thaís: Daria meu rim para saber onde o Luan se meteu.

Will: Todos nós. — deu os ombros. — Na Europa ele não ficou, com toda certeza deve estar em algum lugar da América do Sul, enquanto os pais vendem tudo dele. Ele vai ter um sustinho daqui alguns dias... — começou a rir maldosamente.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora