Arthur: O Piloto III 🎡

Capítulo 78 :

Arthur: Vocês estão ficando loucos? São duas crianças. — aproximou-se de sua filha e pegou a mão dela, vendo o anel mais de perto, sem dúvidas alguma era um anel de noivado. — Você tem dezesseis anos, Maria Clara. O que uma menina de dezesseis anos em pleno século XXI tem na cabeça para se casar? Você nem terminou a escola... É uma criança!

Ele gritou para a menina que começou a chorar, não acreditando que era seu pai quem acabaria com toda sua felicidade.

Maria Clara: Talvez eu seja vintage... — revirou os olhos e debochou, já irritada com ele.

Carla a olhou, completamente atordoada e viu que ela conseguiu irritar ainda mais Arthur.

Arthur: Vocês não vão se casar. — sibilou cada palavra e Maria Clara balançou a cabeça negativamente. — Victor , pelo amor de Deus, vamos pôr o pé no chão e conversar seriamente. Você há dois anos estava pegando a Alice e todo o resto da escola, enquanto a minha filha brincava de boneca.

Ao ouvir aquilo, Maria Clara respirou fundo e tentou não começar a chorar. Talvez seu pai não estivesse vendo o quanto falar aquilo a machucava.

Arthur: Ai vocês resolvem começar a namorar, tudo bem, namorar vai e de uma hora para outra terminam porque você não sabia lidar com compromisso sério e agora querem se casar? Pelo amor de Deus, vocês sabem o que é um casamento? Vocês sabem tudo que abrange? Tudo que enfrentam todos os dias? Vocês são duas crianças que não saberão lidar com isso. Vão brigar até que se separem com dois meses de casados.

Arthur já gritava para os dois que permaneciam mudos, olhou para Carla e ela estava de braços cruzados e cabeça abaixada.

Arthur: Você não vai fazer isso com a minha filha. – apontou o dedo para Victor que o olhou e respirou fundo.

Victor: Se é assim que você quer, tudo bem. Eu espero mais dois anos até ela fazer dezoito e então casaremos sem a sua autorização. Arthur, idade não significa nada e não importa se nos temos dezesseis, dezoito ou setenta, que o sentimento vai mudar. Eu tenho certeza do que eu sinto por ela e não é você que vai acabar com isso. — disse seriamente e chocou de vez Arthur.

Carla: Nós poderíamos ouvir o que eles têm a dizer, amor. — sussurrou próxima ao ouvido dele. — Você está sendo rude

Arthur: E vai me dizer que você apoia isso?

Carla: Se é o que eles querem, o que vai fazê-los felizes, eu apoio com todo meu coração. — olhou para os dois que abriram um sorriso no mesmo momento. — Eles não são um casal normal Arthur, não como estamos acostumados a ver. Eles realmente se amam e sabem lidar com isso. Em minha opinião são maduros o bastante para resolverem o que querem...

Arthur: Carla...

Carla: Eles têm mais tempo de namoro do que nós tínhamos quando nos casamos. Você não viu problema nenhum nisso...

Ela deu de ombros e ele bufou, percebendo que era apenas ele que estava contra aquela loucura.

Carla: Só porque tem pouca idade, não significa que não se amem ou não possam ter uma relação saudável.

Arthur: Vocês estão ficando todos loucos. — gritou para os três e logo deu as costas a todos e saiu batendo a porta do quarto.

Maria Clara caiu no choro no mesmo momento e foi amparada por sua mãe, enquanto Victor ainda olhava para a porta que tinha acabado de ser batida.

Victor: Eu já volto.

Victor beijou a testa de Maria Clara e saiu tão rápido quanto Arthur do quarto. Deixando finalmente a única parte que Carla estava interessada em ouvir daquela história, sua filha. Que estava chorando e tremendo em seus braços.