Capítulo 84 :

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Carla Vocês podem pelo amor de Deus parar de gritar?

Eram três e meia da manhã e Carla se esgoelava com Thaís e Sarah, ambas que estavam surtando ao saber que Júnior e Rodolfo tinham ido viajar... O pior de tudo, com Anne junto.

Arthur: Mas nem eu estou entendendo isso. — disse sentado no sofá de sua casa, enquanto se livrava da gravata borboleta, após voltarem da festa de noivado. Carla respirou fundo e passou a mão pelo rosto.

Sarah: Como você permite uma coisa dessas Carla? E nem me avisa? Aquela sua irmãzinha não é nenhuma santa, você sabia? — começou a esgoelar mais uma vez.

Carla desviou a atenção para Thaís, que estava sentadinha no sofá olhando para as gêmeas que dormiam no carrinho.

Carla: Eles não foram para fazer nenhuma merda com a garota... Dá para entender que é sério? Que nenhum dos dois largariam de vocês para comer a minha irmã com o meu consentimento?

Sarah grunhiu, enquanto Thaís apenas cruzou os braços. Arthur arregalou os olhos com aquele vocabulário sujo de Carla e se lembrou do quanto sua esposa tinha bebido. Talvez isso lhe traria algum benefício mais tarde...

Thaís: Tão sério assim para ele sumir para o Brasil com a Anne e o Rodolfo e não dar nem uma explicação para mim e as filhas? — debochou com as sobrancelhas arqueadas.

Sarah: Isso me cheira safadeza. Querem que eu soletre? Que eu traduza para que língua? Sacanagem, suruba, bacanal, qualquer coisa é pouco tá bom? — gritou mais uma vez.

Arthur percebeu que não era apenas Carla que tinha bebida demais. Thaís começou a gargalhar de Sarah, assim como Carla, percebendo o tipo de relacionamento que ela estava acostumada a ter com Rodolfo.

Thaís: A Anne nem é tão bonita assim. — deu de ombros.

Sarah: Ela tem trezentos em cada peito, Thaís, vamos ser realistas. — se jogou no sofá, apoiando a cabeça no ombro de Thaís que começou a choramingar. — E nunca teve filho...

Thaís: Minha barriga está uma gelatina. — começou literalmente a chorar nos braços de Sarah que consolava a amiga.

Carla e Arthur davam risada e ele concluiu que sua irmã também estava bêbada.

Arthur: O que diabos eles foram fazer com a Anne? Elas vão cortar os pulsos daqui a pouco. — perguntou a Carla que continuava rindo do desespero das duas.

Carla: Eu não sei como, mas vocês vão ter que entender o que aconteceu. Por isso, parem de pensar que os dois estão fazendo besteira, porque não estão... — disse alto e fez com que as duas olhassem para ela atentamente. — Eles foram ao Rio de Janeiro para ir até o apartamento da Anne... — disse calmamente e Sarah pulou do sofá e a fuzilou os olhos. — Porque o Luan está lá.

Carla finalizou e olhou para Arthur, que estava completamente paralisado, assim como as duas loiras.

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Já era tarde o bastante quando Lucas abriu a porta de seu apartamento em Maranello, cansado pela viagem de pouco menos de duas horas após a festa de noivado, que tinha sido mais do que perfeita. Estava tão feliz por sua irmã que não se importou de voltar para casa de madrugada, pois sabia que a casa de seus pais estavam lotadas por conta da parte da família de sua mãe que estava se hospedando lá.

Mas havia um motivo muito melhor para ele ainda não ter desanimado pelo cansaço daquele dia que parecia não ter fim, os olhos vívidos e brilhantes de Alice adentrando em seu apartamento com aquela cara de menina mimada que ela era craque em fazer em certas situações.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora