Capítulo 100 :

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O dia em Cingapura tinha sido cansativo para todos, após o treino, os funcionários da Ferrari tiveram duas reuniões que acabaram após as dez da noite. Do autódromo, Lucas, Victor, Maria Clara e mais outros funcionários seguiram para uma boate para aproveitar uma das melhores noites que Cingapura oferecia.

Já Júnior seguiu direto para o hotel, em silêncio como ficou por boa parte do dia. Não era sua terceira colocação na largada que estava o incomodando, por mais que o fim do campeonato tivesse chegando e ele não tivesse ideia do que mais fazer para dar mais um campeonato a Ferrari, mas sim o peso daquela caixinha de couro da Cartier que parecia pesar mais de uma tonelada.

Ele pensou o dia todo e realmente percebeu que não tinha nada a perder, pelo contrário, faria uma surpresa maravilhosa para a pessoa que vivia tentando fazer de tudo para o deixar feliz. Em pouco tempo ela tinha conseguido virar sua vida de ponta cabeça, mas a melhor ponta cabeça que podia imaginar. Ela tinha lhe dado tudo o que nunca sonhou, mas que saiu melhor do que a encomenda. Ela era realmente a mulher de sua vida e mal acreditava no que estava prestes a fazer.

Ao entrar na suíte, encontrou tudo silencioso e isso fez ele estranhar, uma vez que as gêmeas colocavam tudo abaixo em dois minutos. Percebeu a porta de correr do banheiro fechada e pelos vãos escapava uma luz. Ele seguiu até lá e ao puxar a porta, encontrou Thaís submersa na banheira coberta de espuma, ouvindo música com os fones. Ela cantava alto e aquilo o fazia querer gargalhar, uma vez que ela cantava pessimamente, mas era por esse e outros motivos, que ele queria ficar com ela. Mesmo cantando de forma horrível, ela se divertia consigo mesma.

Ele tirou a caixinha do bolso e colocou na ponta da banheira, perto das velas e foi tirar sua roupa para aproveitar o banho com ela. O momento que colocou as duas pernas na água quentinha, ela gritou e jogou os fones longe.

Thaís: Pelo amor de Deus, quer me matar de susto? — segurou o coração que estava acelerado e o viu rindo. — Pode avisar que está chegando da próxima vez?

Júnior: Ai perde a graça. — ajeitou-se atrás dela, que ficou sentada entre suas pernas e abraçou. — Cadê as meninas?

Thaís: Foram passear com a Carla e o Arthur, acho que eles foram fazer algumas compras. — disse e ele assentiu, enquanto distribuía beijos pelo pescoço e pelos ombros dela. Thaís fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás. — Você está tão fofo, o que está querendo?

Júnior: Que acusação mais feia. Eu nem posso chegar perto agora? — deu um sorriso e Thaís riu e soltou-se dele para poder ficar de frente e lhe dar um beijo na boca. — Sabe que eu amo você não é?

Thaís: Estou falando... Vem bomba por ai. — bateu as mãos na água e Júnior continuou rindo. — Também te amo Erivelto e pode desembuchar que eu sei que você quer falar alguma coisa.

Júnior: Me conhece tão bem... — acariciou a nuca dela e Thaís o fuzilou com os olhos.

Ela sorriu e a puxou para cima dele, espalhando água para todos os lados do banheiro e a beijou com um carinho que Thaís pode contar nos dedos quantas vezes ela tinha lhe dado aquele tipo de beijo. Júnior na maioria das vezes era intenso e bruto demais, não que ela não gostasse, mas às vezes era bom ter o lado carinhoso dele. Ele a puxou para o outro lado da banheira e ela começou a tossir pois tinha acabado de engolir espuma. Ele continuou sentado olhando para ela tossir.

Júnior: Eu tenho que te falar uma coisa, realmente. — piscou e ela percebeu que ele estava nervoso. O que tinha acontecido agora? — Alias, não vou falar, vou mostrar. — ele debruçou-se sobre a lateral da banheira.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora