Capítulo 57 :

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— Que vexame, hein.  — Gritaram assim que Victor entrou no quarto ainda meio pálido e com um curativo no braço, pois havia acabado de tomar um soro.

Ele fez um biquinho e acenou para Carla, que estava rindo da cara dele, duas horas após o parto já estava bem e recebia comida de Arthur na boca. O quarto estava uma zona, Beatriz estava organizando as lembrancinhas com a ajuda de Mara, enquanto José, Boninho e Rodolfo conversavam perto do sofá. Lucas, Maria Clara e Victor estavam sentados no sofá. A porta abriu novamente e entrou Thaís e Júnior, junto da enfermeira que trazia Heitor no bercinho. Carla largou a comida de lado e finalmente pode pegar aquela coisinha linda e pequenininha que vestia um macacão vermelho que a fez revirar os olhos pela estampa... Da Ferrari.

Arthur: Já é campeão. — deu um beijinho na cabeça do filho e Carla revirou os olhos novamente.

Ao seu lado estavam Maria Clara e Lucas já babando pelo irmãozinho e rapidamente Heitor começou a passar de mão em mão.

Beatriz: Ele é a cara do Arthur.

Carla: Normal, meus filhos nunca puxam pra mim...

Carla fez um biquinho e apertou a bochecha de Lucas e Maria Clara que estavam sentados com ela na cama. Lucas não tinha nada dela, era a cópia idêntica de Arthur, assim como Maria Clara, exceto pelo longo cabelo loiro que com certeza era dela e com certeza Heitor seguiria o mesmo caminho da ala masculina da família, já que havia ralos cabelinhos douradinhos nele.

Beatriz: Só no gênio ruim. — debochou e Carla riu.

Ela não estava exagerando mesmo. Pegou Heitor de volta no seu colo e pegou nas pequenas mãozinhas dele, que prontamente agarraram seu dedo.

Carla: Eu e o Arthú estávamos conversando esses dias e escolhemos os padrinhos do Heitor. — olhou para Arthur que ficou animado e virou para frente das pessoas. — Thaís e Júnior, eu espero que vocês aceitem serem padrinhos dele.

Júnior: Eu? — gritou no meio do quarto e Heitor acordou assustado. Carla revirou os olhos.

Thaís: Grande padrinho que escolheram. — fez cara feia para Júnior e se aproximou de Carla. — Eu iria adorar.

Thaís bateu palminhas, animada e Carla riu, entregando Heitor para ela. Júnior ao ver ela com Heitor sorriu e foi agradecer a Carla e Arthur.

Júnior: Posso pegar também? — pediu a Thaís e ela assentiu, entregando o bebê para ele.

Carla sentiu seu coração parar quando Júnior quase deixou Heitor escorregar e o puxou pela touca do macacão.

Júnior: Opa... — deu um sorrisinho sem graça e colocou Heitor em seu ombro e começou a dar tapinhas nas costas dele.

Carla: Devolve meu filho. — esticou os braços, completamente amedrontada. — Eu tenho dó das gêmeas, cada semana vai ser uma fratura nova. — pegou Heitor de volta em seu colo e ele aos poucos se acalmou.

Júnior: Ah para, eu me dou muito bem com crianças!

Arthur: Sabemos o tipo de criança que você gosta... As de dezessete anos. — fuzilou ele com os olhos.

Júnior começou a rir, assim como todos os outros no quarto. Aos poucos as pessoas foram indo embora, sendo os últimos Maria Clara e Lucas, que queriam ficar com a mãe e com Heitor mais um pouco. Estavam completamente apaixonados por Heitor, mas no início da madrugada, voltaram para casa.

Carla depois de amamentar Heitor, acabou pegando no sono, exausta por tanta dor e esforço. Arthur estava ao lado dela na poltrona, com Heitor no colo e ficou feliz quando a viu dormir.  Era uma guerreira por enfrentar aquelas situações que ele certamente fracassaria totalmente e ainda de brinde lhe dar aquele anjinho que estava em seus braços. Heitor estava com os olhos abertos e diferente de todas as crianças que já tinha conhecido, era quietinho, estava morrendo de sono, mas não fazia birra nenhuma, pelo contrário, ficou brincando com os dedinhos e olhando para o pai.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora