Capítulo 129 :

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Arthur: Não acha que é hora de parar de beber?

A voz em seu ouvido tirou Carla dos seus pensamentos. Ela não precisou nem olhar para trás para ver quem era, pois conhecia muito bem aquela voz.

Carla: Arthú Picoli, preocupado com sua esposa? — arqueou a sobrancelha ironicamente e viu ele revirar os olhos e pedir uma bebida ao barman.

Enquanto olhava para o marido, Carla tinha milhares de ideias para encerrar aquela noite, mas sinceramente não sabia se ele estava merecendo, depois de toda essa palhaçada.

Arthur: Não entendi a ironia. — pegou a bebida que o barman lhe trouxe e brindou no copo que Carla segurava. — Quer ir embora?

Carla: Agora? Com todos esses homens maravilhosos passando do meu lado? Não meu amor, daqui não saio, daqui ninguém me tira. — apenas para provocar deu uma piscada e virou o rosto, nem precisando olhar para saber que ele lhe fulminava com os olhos.

Arthur: É mesmo? — perguntou com um sorriso, ao se dar conta que ela iria lhe provocar ao máximo. — E se eu disser que tem coisa bem melhor te esperando?

Carla: Eu diria que pela primeira vez na minha vida prevejo que terei uma enxaqueca enorme e não poderei apreciar essa coisa melhor em circunstância alguma. — voltou a olhar para ele com um sorriso provocante e viu ele fechar um pouco os olhos.

Arthur: Vai jogar baixo assim, Carla Carolina? — cruzou os braços e a viu dando uma gargalhada gostosa. — Deveria saber que eu não gosto nem um pouco de ouvir não.

Carla: Vai começar a partir de hoje, bebê. — se inclinou e deu um selinho nele antes de virar e ver uma imagem que com toda certeza do mundo, achou que nunca veria em vida.

A música aumentou repentinamente e as pessoas começaram a gritar de uma forma que despertou a atenção de Arthur, que virou para o outro lado do balcão, aonde parecia vir o tumulto. As luzes focalizaram a mulher que estava em cima do balcão, dançando com as mãos para cima e um rebolado estranho, mas com toda a bebida presente no corpo de todos ali, parecia aceitável.

Arthur simplesmente travou onde estava e só conseguia olhar para a direção da mulher e escutar as gargalhadas enlouquecidas de Carla. Qual era o problema das mulheres beberem e se acharem no direito de arrancar a roupa e dançar para todos à sua volta? Primeiro Maria Clara e agora, para seu total pavor, sua própria mãe.

Beatriz cambaleava para os lados em pé em cima do balcão e já sem os sapatos de salto que ela tinha jogado em algum lugar, no meio de sua bebedeira. Ela rebolava e dava uns giros, sem se importar que iria cair de uma altura considerável e nem que todos estavam vendo o que ela estava fazendo. Nunca tinha se divertido tanto em sua vida!

Thaís: Mãe? — berrou na beira do balcão e ergueu os braços para tentar tirá-la lá de cima.

Júnior estava bem atrás dela, as gargalhadas, assim como Carla. Obviamente sabia porque Beatriz estava fazendo aquilo e parcialmente ele tinha uma culpa, não que alguem saberia disso algum dia. A responsabilidade ficaria totalmente para ela.

Maria Clara: É a minha avó? — perguntou para Júnior que já estava com seu celular filmando Beatriz rebolando e virando uma garrafa de alguma bebida.

Victor: Tira tudo Brizoca! — gritou para ela e levou um tapa no estômago de Maria Clara.

Lucas: Mãe, para de rir. — cutucou as costelas da mãe que estava quase rolando no chão de tanto rir e o momento que olhou para cima, ele viu sua avó abrindo os botões da camisa que ela usava.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora