Capítulo 48 :

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Luan: Agora tenho certeza que você não poderia nunca ser minha filha, é uma imbecil que nem esses dois. — disse assim que levantou do chão.

Alice virou o rosto para ele e abriu a boca em choque.

Luan: Não sabe como me arrependo de ter criado alguém tão insossa como você... — balançou os ombros.

Alice arfou, sentindo sua garganta queimar. Por mais que Luan não tivesse sido um bom pai, era quem a criou a vida toda e ela o amava, à sua maneira, mas amava.

Luan: Tão fraca... — aproximou-se de Alice e segurou o maxilar dela.

Alice: Você está bêbado, pai. Vai embora, por favor... — pediu baixinho.

Rodolfo se alarmou. Ela tinha chamado Luan de que?

Luan: Pai? — gritou e logo em seguida começou a rir. — Eu nunca fui seu pai, Alice. — apertou ainda mais o maxilar dela e a loirinha deixou escapar algumas lágrimas. — Uma pessoa sonsa, chata e fraca como você, só podia ser filha desses dois. — abriu um sorriso enorme. Ela tentou se soltar, mas ele apertou ainda mais.

Rodolfo: Solta a minha filha agora, Viana. — deu dois passos à frente e empurrou Luan, que a força soltou Alice.

Lucas estava parado bem atrás dela e a abraçou assim que Alice caiu no choro e fechou os olhos para não ver a surra que Rodolfo estava dando em Luan.

Luan: Bate mais, Rodolfo. Aproveita enquanto tem forças para isso...

Ao dizer aquilo Rodolfo lhe deu mais três chutes e foi segurado por Arthur. Luan com certa dificuldade levantou e limpou o canto da boca que sangrava.

Luan: Aproveita enquanto se sente vivo para fazer isso. — murmurou e Rodolfo grunhiu ao tentar se soltar de Arthur. — Eu vou acabar com cada um de vocês. — abriu um sorriso enorme.

Rodolfo se tencionou no mesmo momento, assim como Arthur e Lucas que olharam para Luan com os olhos arregalados.

Luan: Vão pagar por tudo que já fizeram a mim e a minha família. — gritou e logo em seguida saiu do apartamento batendo a porta.

Demorou minutos para que conseguissem sair do lugar. Arthur fechou os olhos e repassou toda a briga, se fixando na ameaça. Não, ele não faria nada... Estava bêbado.

Luan: Aqui é Luan Viana, é um prazer falar com você, minha querida.

Ao ouvir a saudação da mulher, ele abriu um sorriso e destravou o alarme de seu carro, entrando logo em seguida no interior deste.

Luan: Soube que andou tendo problemas com os Picoli. O que acha de virar o jogo? — Estava na hora de fazer história. E sem dúvidas era o que ele queria. 

Algum tempo depois que Luan saiu do apartamento de Rodolfo, assim que Alice e Sarah despencaram em um choro compulsivo e aflito, foram prontamente acalmadas por Rodolfo. Naquele momento ele se deu conta que aquelas duas mulheres dependiam dele, apenas dele. Não tinha mais ninguém no mundo próximo de uma família e aquilo o fez se retrair por alguns momentos. Assim que Arthur e o resto da família foram embora, ele subiu para seu quarto e foi tomar um banho tentando colocar os pensamentos no lugar.

Rodolfo: Droga! — gritou ao sentir uma dor infernal em seu machucado no rosto. Tentava inútilmente passar o anti-séptico e colocar o curativo ao mesmo tempo.

Alice: Posso te ajudar? — parou atrás dele com os braços cruzados.

Rodolfo ergueu os olhos e a viu refletida no grande espelho. A cena de Alice chamando Luan de pai lhe veio à mente novamente e ele não sabia porque, mas aquilo tinha o incomodado de modo absurdo. Ela se aproximou, pegou todas as coisas e o puxou para o quarto, onde sentou na cama dele.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora