Capítulo 13 :

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Aos poucos o clima natalino voltava a surgir. A música voltou a tocar e as pessoas voltaram a se movimentar. No fundo da sala, Thaís era paparicada por Beatriz sob os olhos atentos de Carla, ela parecia estar se sentido bem com a atenção das pessoas pela gravidez, por mais estranha e inusitada que fosse, já que em uma semana ela estava indo morar com Rafael e na outra aparecia grávida. Carla sabia que ela esconderia o verdadeiro tempo da gravidez de todos, mas impossível alguém com tão pouco de gravidez estar com tanta barriga.

Carla cansada demais de toda aquela emoção, percorreu os olhos pela sala e viu que Arthur não estava mais ali na sala; levantou do sofá, disse a todos que estava cansada e que iria subir para o quarto. Ao chegar no quarto, encontrou seu marido debruçado sob a varanda, olhando o mar batendo no rochedo bem a frente. Sem emitir nenhum som, foi até ele e o abraçou por trás, sendo barrada por sua barriga. Ele olhou para trás e sorriu, ao sentir um chute de Heitor em suas costas.

Carla: Ele está desejando feliz natal. — abriu um sorriso.

Arthur fez a mesma coisa, virando para frente e abraçou a esposa, tendo uma pequena dificuldade por conta da barriga.

Carla: Sei que não foi o natal que imaginou e que se esforçou para preparar para todos, mas gostaria de agradecer por tudo, pelos presentes, pela festa e principalmente por estar comigo nessa data. — mirou os olhos do marido com os seus cheios de lágrimas. Arthur sorriu, percebendo o quanto aquela mulher o fazia feliz. — Você é meu melhor presente, Thur.

Arthur: E você, é a minha vida. — ao dizer aquilo, Carla abriu um sorriso e apertou ainda mais o abraço. — Fiz tudo isso, quis lhe dar o melhor natal de sua vida, porque passou pela minha cabeça durante meses, que eu não estaria com você hoje, espero que tenha valido a pena.

Carla: É claro que valeu, hoje... E todos os dias que passei com você. Sabe que eu ainda não acredito que me sinto dessa forma perto de você? — olhou para cima, encontrando o rosto de Arthur com uma ruga de dúvida. — Como eu consigo me derreter pelas mesmas caretas, pelo mesmo sorriso e pela sua voz. Isso é normal ou eu te amo demais?

Arthur: Acho que é amor demais. — ele abriu um sorriso. — Eu causo isso nas pessoas. — deu de ombros, brincalhão e Carla riu, feliz por vê-lo com um humor melhor do que minutos atrás.

Carla: Você acredita em tudo isso? — eles se soltaram e após isso, Carla se encostou-se à grade da varanda, vendo Arthur indo ficar ao seu lado.

Arthur: Em que?

Carla: Em nós dois em tudo o que passamos, em como viemos parar aqui.

Sua mente vagou para muitos anos atrás, uma modelo chegando a um autódromo emburrada por ter que acordar cedo e que se amoleceu toda ao ver os olhos brilhantes que a acompanhariam para o resto da vida, em cima de um palco falando de carros.

Carla: Ainda não acredito que uma simples corrida me deu de presente um homem maravilhoso e três filhos perfeitos.

Arthur: Por isso que os ingressos para a Fórmula 1 costumam ser caros. — deu uma piscada para ela que caiu na gargalhada e assim que se olharam, ela tocou a mão dele.

Carla: Você está tentando agir como se tudo estivesse bem, mas você sabe que não me engana. — apertou a mão dela e Arthur ficou sério, olhando para ela. — O que está passando na sua cabeça?

Arthur: A Thaís... — suspirou ao dizer o nome da irmã. — Não é dia para ficar desse jeito, não é justo com você.

Carla: Eu não me importo, também me preocupo com ela. — assentiu e ele respirou fundo. — Você pensa em fazer o que a partir de agora?

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora