Capítulo 58 :

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Antes de o almoço ser servido, começaram a ser feitas as fotos da família e atrás da mesa do bolo, lá estava toda a família Picoli posando para as fotos com Heitor nos braços. Thaís estava segurando Heitor sorrindo para a foto e mostrando sua barrigona pelo vestido rose longo que usava.

Atrás do fotógrafo, Júnior a observa com um sorriso no rosto. Durante essas semanas ele viu a Thaís que conhecia ressurgir, ela sorria para tudo e para todos, encarando a vida e os problemas como sempre encarou: da forma mais positiva de todas. E aquilo fazia com que ele a admirasse, de uma forma tão boa, que tinha que se controlar para não demonstrar isso a ela.  Por mais que fosse apaixonado por ela, ainda as mágoas de tudo que passou estavam presentes e ele não sabia como deixar que elas fossem embora.

Uma parte enorme dele queria correr atrás dela e viver a vida que planejou ao lado dela, mas a outra, dizia que se fizesse isso, tudo iria acontecer novamente. Por se tratar dele e de Thaís, ele sabia que a mais provável opção que aconteceria seria a segunda. Era por isso que por mais que ela fosse a mulher de sua vida e lhe fizesse sorrir por cada gesto como um idiota todo minuto, ele se mantinha afastado. Sentiu um cutucão de uma pessoa ao seu lado e ao olhar encontrou aqueles olhos intimidadores e bem maquiados.

Júnior: Como está linda Bibi... — abriu um sorrisinho e ergueu a taça de champanhe a ela. — Um brinde ao botox. — disse alegremente e Beatriz cruzou os braços.

Beatriz: Você é insuportavelmente atrevido. — respirou fundo e brindou sua taça na dele. — Estava pensando que tipo de crianças serão minhas pobres netas se puxarem o temperamento seu e da Thaís. — suspirou.

Júnior começou a rir. Ela não falava nenhuma mentira, elas seriam terríveis.

Júnior: Talvez ocorra um milagre, Deus é bom. — sorriu alegremente e Beatriz revirou os olhos. — Como se sente sabendo que farei parte da sua família para sempre, Bibi?

Beatriz: Não me chame de Bibi, Sr. Cerqueira. — disse casualmente.

Júnior riu ainda mais. Sua nova missão de vida era perturbar Dona Beatriz.

Beatriz: E você não fará parte da minha família, porque ainda resta um pouco de consciência na minha filhinha.

Júnior: Thaís consciente? — arqueou a sobrancelha. — Verdade, ela estava muito consciente quando me atacou algumas semanas atrás. — abriu um sorriso de orelha a orelha e Beatriz ficou pálida, olhando para o rosto dele perplexa.

Thaís: O que estão falando? — chegou perto deles saltitante depois das fotos com Heitor, que agora tirava com Lucas e Alice. Sua mãe a olhou chocada e Júnior bebeu mais champanhe.

Júnior: Estava contando para a Bibi que você me bolinou a noite inteira dias atrás, ela parece não acreditar porque acha que você é uma santa. — ao dizer aquilo, Thaís arregalou os olhos e olhou para a mãe completamente envergonhada.

Beatriz: Quando eu acho que nada pode me sair pior do que a Carla, eis que o Diabo atenta de novo. — disse com a voz chorosa.

Júnior caiu na gargalhada, enquanto Thaís ficava mais vermelha a cada segundo.

Júnior: Bibi assim você me magoa, eu lhe dei duas netas, de uma vez só. Devia agradecer a minha bela pontaria. — fez um gesto com o dedo para baixo e Beatriz grunhiu, enquanto Thaís prendeu a risada.

Beatriz: Vocês se merecem. — jogou o cabelo para trás e saiu em passos rápidos de perto daqueles dois perturbados. O que sua filha tinha virado? E o que suas netas virariam?

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora