Arthur: O Piloto III 🎡

Capítulo 42 :

Em Mônaco, Carla finalmente estava conseguindo curtir os últimos dias com Heitor dentro de sua barriga com o marido, agora que ele estava com mais tempo, pois os projetos dos novos carros estavam indo bem. Nas ultimas semanas, se tinham passado dois dias juntos era muita coisa, ele pelo trabalho e ela com o preparativo do nascimento de Heitor e a ajuda que estava dando a Sarah a encontrar um trabalho. Passava o dia fazendo ligações e mandando e-mails para seus conhecidos a fim de ajudar a amiga a encontrar um emprego, mas estava ficando cada vez mais complicado.

Agora, estavam ambos em casa, pela primeira vez em muito tempo estavam sozinhos. Durante o dia, foram almoçar e passaram a tarde fazendo compras para Heitor, ao final da tarde, estavam os dois vendo filme no sofá enquanto comiam o sorvete preferido dela direto do pote. Era de madrugada já, quando ela abriu os olhos e viu que estava na cama. Como tinha ido para ali? Com certa dificuldade, levantou para ir ao banheiro e na volta, fechou os olhos sentindo uma vontade absurda de uma comida em especial.

Carla: Amor. — cutucou as costas de Arthur, que dormia tranquilamente. Ele não se mexeu até ela dar um gritinho o chamando. Acordou assustado, já pulando da cama.

Arthur: Estourou a bolsa? Cadê a mala? Qual é o número do obstetra? — dizia enquanto saia correndo pelo quarto. Carla começou a rir e mal conseguia falar, o que deixava ele ainda mais apavorado.

Carla: Não, Thur... — continuava rindo e ele correndo de um lado pro outro enquanto tentava colocar uma calça jeans. — O Heitor não vai nascer. — falou alto e ele parou de fazer tudo e a olhou, com os olhos um tanto fechados.

Arthur: Por que me acordou então?

Carla: Eu estou com desejo. — fez sua voz e cara mais doce possível e ele estreitou os olhos, a fuzilando com o olhar.

Arthur: Carla, já falei que eu tenho um certo receio em fazer sexo com o Heitor olhando e... — mal conseguiu terminar e Carla caiu na gargalhada.

Carla: Não te acordei para fazer sexo, se eu quisesse te atacava quando você estava dormindo, sem resistência, eu quero é comida mesmo. — deu de ombros e ele a fuzilou ainda mais com os olhos. — Não, é desejo de grávida, você não pode me olhar assim.

Arthur: São três da manhã, Carlinha. — fez uma carinha de dor e ela abriu um sorriso enorme.

Carla: Não tenho culpa, é o Heitor que está pedindo.

Arthur: Ele, até agora sempre quis comida quando o sol está no céu, assim como o Lucas e a Maria Clara. — sentou-se na cama bocejando e ela fez um bico. — Ok, já estou acordado, vamos descer na cozinha e você come.

Carla: Não tem o que eu quero na cozinha. — cruzou os braços e ele se jogou na cama, cobrindo o rosto com as mãos. — Estou sonhando com uma banana Split.

Arthur: Só pode ser brincadeira. — levantou novamente da cama e foi até a mesa redonda no meio do quarto, pegou sua carteira, chave do carro e o celular. — Você vem comigo mocinha.

Carla: Eu estou andando feito uma pata e você quer que eu vá com você? — cruzou os braços.

Arthur revirou os olhos, chegou perto dela e a tirou do chão. Carla deu um grito e tentou protestar, mas quando viu já estava dentro da Ferrari, andando pelas ruas de Mônaco atrás de alguma sorveteria ou doceria aberta.

Carla: Você já foi mais cavalheiro, Sr. Picoli. — apoiou sua cabeça no ombro dele.

Arthur: E você já foi mais legal comigo. — fez um biquinho e ela sorriu, passando a mão no cabelo dele.