Capítulo 86 :

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Júnior: Anne, eu sei que é difícil... Mas, nós temos que ir à delegacia. — abaixou-se na altura dela e a segurou pelo ombro, tentando dar algum apoio a ela.

Anne: Eu tenho mesmo que ir?

Júnior: O apartamento é seu. — disse e ela respirou fundo, pegando a mão dele e se colocando de pé. — Olha, eu não imagino tudo que você está sentindo, mas se tiver algo que eu possa ajudar, saiba que eu estarei aqui. Eu sei que a gente vive discutindo, mas eu gosto de você e quero te ver bem. — abriu um sorriso.

Anne continuou olhando para ele, até abrir um sorriso também e apertar a mão dele.

Anne: Isso se chama arrependimento, não tristeza.

Júnior: Caiu um cérebro aqui. — ergueu as mãos para o céu agradecendo e Anne lhe bateu nas costas, ofendida. — Estou brincando, mas fico feliz de saber que você vai superar.

Anne: Chega de drama, vamos para a delegacia. — limpou o rosto com as mãos.

Ela desceu para o estacionamento com Júnior, vendo que Rodolfo já tinha seguido em umas das viaturas. Durante o percurso, Júnior olhava para Anne e a via olhando para o vidro do carro, parecendo estar perdida em pensamentos. Ele não fazia ideia do que faria se estivesse na mesma situação que ela, mas de uma coisa sabia, nunca mais a vida dela seria a mesma.

Apenas quando entraram do prédio da Interpol que Anne percebeu a gravidade do problema que tinha se metido. Foram recebidos por um policial que disse que Rodolfo já estava junto do delegado e que os encaminharam para o mesmo caminho. Assim que ficou sozinho com Anne, Júnior explicou que ela deveria falar no interrogatório que ambos chegaram no apartamento dela e foram surpreendidos por Luan, não que ela estava o escondendo todo esse tempo, ou então ela entraria como cúmplice.

Ao abrir a porta da sala do delegado, Anne arregalou os olhos ao ver Rodolfo fumando um charuto em companhia do homem mais bonito que ela já tinha visto em sua vida, e o melhor ou pior era que o reconhecia de algum lugar, embora não se lembrasse com exatidão da onde. Os olhos do cara a encararam com uma certa expressão de deboche e perversão, o rosto dele era extremamente masculino, com os músculos rígidos e os cabelos pretos completamente desgrenhados. Ele largou o charuto de lado e levantou de sua cadeira, mostrando um corpo esbelto e abriu um sorriso completamente provocante. Ela abriu a boca, chocada.  

Rodolfo: Júnior e Anne, esse aqui é o Guilherme o Gui, é um grande amigo meu e amigo de infância do Arthur. — ele também levantou da cadeira e Júnior prontamente foi cumprimentar Gui.

Guilherme: E você? Não fala nada?

A voz rouca do cara a deixou um tanto desnorteada e ela imediatamente se lembrou dele. Era o cara que ia sempre com três modelos para Arraial do Cabo e cantava sempre os benefícios da vida de solteiro que Deus lhe deu. Por que todo cara que ela conhecia era um verdadeiro canalha?

Guilherme: Pode vir, eu não mordo... Não na luz do dia. — deu uma piscada.

Anne arqueou a sobrancelha, enquanto ouvia os risinhos de Rodolfo e Júnior. Ela deu dois passos e encarou o homem que devia ter uns vinte centímetros a mais que ela.

Anne: Bom dia... Podemos ir? — virou a cabeça para Júnior que revirou os olhos e Gui apenas tombou a cabeça para o lado, olhando dos pés a cabeça para Anne.

Guilherme: Hmm, ela tem personalidade forte. — cutucou Rodolfo que riu maliciosamente.

Rodolfo: Sempre disse que as bravas são as melhores, amigão. — bateu no ombro de Gui e ele também riu. Anne olhou para Júnior e ele estava com a sobrancelha arqueada.

Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora