Capítulo 9 :

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Maria Clara: Eu vou te matar seu mentiroso! — ela voou em cima de Victor, atingindo com umas das mãos o peito dele. Imediatamente Lia se levantou assustada.

Lia: Oh meu Deus... — colocou a mão na boca.

Maria Clara logo virou e olhou para ela da cabeça aos pés. Era um monumento de mulher e vários centímetros mais alta que ela, mas uma coisa chamou muito mais atenção do que o rosto perfeito dela, era a barriga de grávida escondida atrás daquela micro blusa.

Maria Clara: Porque ao invés de atacar o namorado dos outros não vai para a maternidade, queridinha? — cruzou os braços e mesmo sendo muito mais baixa e Lia deveria ter muito mais força que ela, enfrentou a morena para a surpresa de Victor. Lia se ofendeu e olhou para Victor.

Lia: Mas eu não fiz nada, foi esse louco que me parou na rua, eu não sabia que ele tinha namorada. — tentou explicar e Maria Clara virou para Victor o fuzilando.

Maria Clara: Ah é mesmo? Então já que a moda nessa família é assumir filho dos outros, assume o dessa ai, seu safado. — empurrou Victor que acabou caindo sentado na cadeira sem saber o que dizer para ela.

Maria Clara virou de costas, esbarrando seu cabelo em Lia, quase a cegando e logo depois saiu da sorveteria arrastando Alice, que não entendia completamente nada do que estava acontecendo.

Lucas: Cara, não entra lá, para o seu próprio bem e em nome da sua vida.

A música alta dentro do quarto denunciava tudo o que deveria estar acontecendo lá. Maria Clara estava trancada dentro do quarto há mais de duas horas junto de Alice e Bella. Lucas tinha acabado de sair do quarto mais branco que fantasma, dizendo para Victor, que estava insistindo em falar com a namorada que nada daquilo que estava pensando era verdadeiro. Estava apenas tentando ajudar o seu chefe!

Pela terceira vez, começou a contar a história para Lucas, que novamente caiu na gargalhada. Por ver Victor desesperado em dar explicação para Maria Clara e por saber que a irmã estava alugando os ouvidos da amiga e da prima com os seus discursos raivosos e quebrando alguns dos seus caros perfumes. Coisas que não eram nem um pouco típicas de nenhum dos dois.

Victor: Maria Clara, é a última vez que eu te peço, abre a droga dessa porta que eu quero falar com você. Será que você pode parar de agir como se tivesse doze anos? — esmurrou a porta do quarto mais uma vez e quando ia insistir novamente, ela se abriu e viu Alice parada de braços cruzados. — Não me olha com essa cara.

Alice: Entra logo nessa droga de quarto e acalma ela, porque eu não sei o que você fez com essa menina, ela não era assim. — disse e Victor abriu um sorriso. — Eu sei que você não fez nada, porque te conheço, mas juro que se eu estiver errada, eu corto seu pinto fora, moleque.

Victor: Seria um desperdício, não acha? — arqueou a sobrancelha. — Ah, esqueci que você não teve o prazer de conhecê-lo.

Alice caiu na gargalhada, para logo depois sair junto de Bella do quarto. Ele entrou e encontrou Maria Clara parada na varanda, debruçada sob a grade olhando para o jardim.

Victor: Oi amorzinho. — deu um beijo no ombro dela com uma voz extremamente doce, ao ver o olhar dela para ele, se arrependeu de ter dito aquilo.

Maria Clara: Estava pensando se tenho força para te arremessar daqui de cima no solo. — ela olhou seriamente para ele, que arregalou os olhos. — Espero que tenha sorte de você não cair na piscina. — abriu um sorriso extremamente falso e ele começou a rir.

Victor: Tudo isso é ciúmes de mim? — perguntou, debochadamente.

Maria Clara: E se for? Qual é o problema? — arqueou a sobrancelha e ele sorriu maliciosamente. — Não pense que é por amor, é por não ter vocação para ser corna. — o agarrou pelo colarinho da camisa e o puxou para mais perto. — Eu estou com uma séria vontade de te matar por ficar rindo e debochando de mim nessa situação.

Victor: Me sinto honrado de você sentir ciúmes da minha humilde pessoa, mas lhe aviso que ele é em vão. Há muito tempo deixei de apreciar prostitutas como aquela e se estava naquele lugar, foi porque havia um motivo muito maior. — colocou a mão no rosto dela e se surpreendeu quando levou um tapa forte dela. — O que aconteceu com a minha boneca educada e frágil?

Maria Clara: Ela deu lugar a Noiva do Chuck, seu palhaço.

Ela começou a dar uns tapinhas no ombro dele, que parecia que era o máximo de sua força e que para Victor lhe faziam apenas cócegas. Acabou segurando ela pelos braços e a prendendo contra a grade da sacada. Ela estava arfante e ele se aproximou, pronto para beijar ela.

Maria Clara: Isso foi feito na intenção de me fazer correr atrás de você? — falou com a voz baixa, quase sem ar após tantos golpes nele que não fizeram efeito nenhum, para sua infelicidade. Para sua surpresa, ele arqueou a cabeça para trás e começou a gargalhar.

Victor: Não se sinta tão especial, meu amor, infelizmente meu mundo não gira em torno de você. — apertou a bochecha dela e ela se irritou novamente.

Maria Clara: Que bom que pensa assim, pois o meu também não gira em torno de você.

Victor: Então por que está dando esse ataque? — a desafiou.

Maria Clara cerrou os punhos, sem saber o que falar. Ele deu- se por vencido e a tomou pela cintura, beijando a boca macia daquele serzinho que o tirava do sério, assim como ele sabia que também a tirava. Era divertido e diferente.

Maria Clara: Você abusa da sua sorte comigo. — revirou os olhos e ele sorriu, debochadamente.

Victor: Você é capaz de lidar com isso. — piscou para ela que revirou os olhos e se soltou das mãos dele.

Maria Clara: Veremos. — piscou de volta e sem dizer mais nada, saiu do quarto deixando Victor com um sorrisinho bobo nos lábios.

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Arthur: O Piloto III 🎡Onde histórias criam vida. Descubra agora