Sete Pecados

Capítulo Um

Todo verão, mamãe e papai vinham para Elba, uma praia localizada na Itália.
Há cinco anos atrás, papai comprou esse sobrado para hospedar a família toda, porém, os amigos do escritório também vinham conosco.

E esse ano, Micael também veio comigo.

Eu expliquei à ele que depois da escadaria de pedras, havia uma linda praia não muito frequentada. Podíamos ir sempre que quiséssemos. Ver o pôr-do-sol, jogar frescobol, cantar músicas que nos lembrasse da nossa infância, colher conchas na areia molhada... Mas ele sempre tinha as melhores ideias, bem melhores do que a minha.

— É um ótimo lugar. — Visualizou a praia, extremamente vazia para nós. Desceu mais alguns degraus e tocou os pés na areia branquinha, sorrindo.

Andei logo atrás, verificando se meu irmão não estaria entre os galhos das árvores, me espiando.
Mamãe comprou um binóculo à ele, no natal passado. Desde então, meu sossego acabou em relação à lugares de privacidade.

Micael escolheu um ponto ideal para ficarmos. Abriu a esteira de bambu que trouxe consigo, debaixo do braço, esticando na areia branca e me fazendo deitar em seguida. Repetiu o processo com a segunda esteira, fixando ao meu lado.

Deitou-se, assim como eu, que fechei os olhos e senti o som das ondas e dos pássaros. Tranquilidade era tudo o que eu precisava, logo após de tomar um sol.

— Se eu ver o seu irmão, irei fazê-lo engolir aquele binóculo de veadinho dele. — Micael soltou, me fazendo rir.

Gostava dos seus comentários relacionados ao meu irmão. Chegava a ser engraçado, mas também, me magoava um pouco. Eu tentava não ligar na maioria das vezes.

— O que está pensando? — Micael me perguntou. Tinha a cabeça apoiada na mão, deitando de lado para me visualizar melhor.

Mesmo com os olhos fechados, eu podia sentir o seu olhar castanho penetrante passeando pelo meu corpo, fixando no minúsculo biquíni que estava em meu corpo.

— Estou pensando em como as tartarugas fazem sexo. — Mordi o canto dos lábios, após soltar uma risada gostosa.

Micael fez o mesmo, sorrindo do meu comentário falho e sem graça.

— E como você está pensando? — Passou sua mão máscula em meu abdômen reto, descendo para a minha cintura.

Eu não queria pensar naquilo mas já sabia o que estava prestes à acontecer.

— No macho. — Segurei o riso. — É possível uma tartaruga ter um pau grande? — Morri de vergonha, ficando vermelha automaticamente.

Micael soltou outro riso. E dessa vez, senti seus dedos desfazerem o laço da calcinha do meu minúsculo biquíni.

— Seus pensamentos me deixam confusos. — Sussurrou em meu ouvido. Sua mão estava passeando pelo meu monte de vênus depilado. — Mas eu gosto! — Mordiscou o lóbulo da minha orelha.

Senti sua outra mão, agora, afastando o tecido do minúsculo biquíni na parte de cima. Meu seio esquerdo fez contato com seus dedos e logo senti seus lábios carnudos roçando em meu mamilo pontudo.

Respirei fundo e forte. Tinha que aprender a controlar o meu tesão, desejo e vontade excessiva.

— Não precisa se contrair, não tem ninguém vendo a gente. — Micael sussurrou mais uma vez, me fazendo tremer as pernas.