Hora de voltar para a casa!
Acordei com essa frase quando fiz minha higiene matinal, juntando minha roupa e arrumando a minha mala pequena, levando ela até à sala. Mamãe estava pondo a mesa do café, junto com papai, que questionaram aonde eu iria aquela hora da manhã. Ficaram tristes por eu estar indo embora, mas prometi que não iria demorar à voltar, como eu estava fazendo.Pedi um táxi e expliquei as coordenadas, indo para a casa. Fiquei com medo de voltar mas precisava ser forte e encarar a minha vida real, com o meu marido totalmente fora de órbita, com seus pensamentos estranhos.
Puxei minha mala até à sala, onde ainda seguia tudo em silêncio. Subi as escadas em passos de fantasma, vendo que a cama estava bagunçada mas Micael não estava nela. Fiz a ronda no quarto, suíte e closet: ninguém.
Caminhei pelo corredor e... Ninguém! Banheiro social, quartos de hóspedes e sótão: ninguém.
A casa estava vazia, não havia ninguém lá.— Bom dia, querida.
A voz máscula de Micael me assustou por completo, quando dei às costas para me virar, indo em direção à escada. Uma voz aterrorizada, que estava me dando medo. Suave porém... Forte.
— Bom dia. — Engoli seco. Estávamos bem perto. — Você está bem?
— Melhor impossível, já que você me deixou aqui, estragado. — Ainda estava dizendo calmo, o que me dava mais medo. — Eu acordei, tomei um banho e fiz o meu café. — Deu um sorriso maléfico.
— Você está me assustando!
Dei um passo para trás.
— Eu? Te assustando? — Micael tinha as mãos para trás, andando junto comigo. — Por que você acha que eu estou te assustando?
— O que tem na sua mão? Atrás de você! — Meu coração estava batendo tão forte, eu poderia morrer de ataque cardíaco.
— Nada. — Deu de ombros. — Posso saber onde você estava?
— Na casa dos meus pais. — Fiquei desesperada querendo saber o que havia em suas mãos. — O que tem na sua mão?
— Nada. — Mostrou as mãos, que estavam vazias. — Eu só quero saber onde você estava.
— Francis disse para eu dormir lá. Você estava... Bem ruim na noite passada! — Engoli seco novamente, me escorando em uma parede.
— É, eu estava bem ruim sim. E sabe por que? Porque minha esposa decidiu ter um filho sem a minha permissão.
— Preciso da sua permissão para engravidar? — Bati de frente.
— Você precisa conversar comigo primeiro antes de tomar qualquer decisão. — Disse sério. — Mas eu estive pensando enquanto estava sozinho. — Saiu de perto. — Acho que fui rude com você, querida!
— Rude? — Franzi meu cenho. — Você tomou alguma coisa antes de eu chegar?
— Não, não tomei. Estou cem por cento! — Rendeu as mãos. — Só quero decidir que isso não irá mais acontecer. O meu... Surto. — Micael ficou cabisbaixo, umedecendo os lábios, com vergonha de me encarar de novo.
— Você pensou sobre a possibilidade?
— Pensei. — Micael assentiu. — Acho que o bebê... — Ele não estava querendo dizer muito. — A casa precisa de, enfim, não me faça dizer coisas que eu não quero. — Colocou as mãos na cintura, um pouco corado. Aquilo me fez sorrir.
— Vai aceitá-lo? — Fui de encontro com ele.
— Vou. É o meu filho! Eu o fiz, tenho que aceitá-lo.
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Sete Pecados
RomanceSophia é uma jovem que convive com pais extremamente conservadores. Vivendo sua vida às escondidas, ela acaba conhecendo Micael, onde irá descobrir o que é viver às escondidas de verdade! Com ele, Sophia irá saber o que é sedução, pecado, sexo e ou...