Capítulo Trinta e Seis

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Estava com a porta trancada, apenas a luz do abajur acesa. Todos já tinham ido dormir e Micael zelou para que fizéssemos o mínimo de barulho. Estava nua em cima do seu corpo, sentada em seu abdômen definido enquanto o beijava, ele mordiscava os meus lábios em todos os segundos precisos.

— A gente vai transar quando nos casarmos? — Retirei uma boa gargalhada dele, que cobriu sua boca com as mãos, abafando o barulho.

— Você é sempre engraçada assim? — Terminou de rir.

— É que você fica nessa história de eu não estar pronta que isso me despertou curiosidade. — Apoiei minha mão em seu peito.

— Se isso te alivia, sim, iremos transar até você não aguentar mais! — Micael mordiscou o meu pescoço, beijando em seguida. Subiu suas mãos até os meus seios pontudos e rosadinhos, apalpando. — Eu estou louco para foder essa bocetinha. — Sussurrou em meu ouvido.

Sorri com malícia, imaginando minha lua de mel que mal sairia do quarto nem para beber água.

— Quero saber de uma coisa. — Me encarou.

— O que?

— Você toma algum remédio? Anticoncepcional? Injeção? — Sua pergunta foi séria, assim como sua face.

— Não. — Saiu quase em um sussurro.

— E quando você transou com o Victor?

— Usamos camisinha!

— Só?

— É. — Fiquei corada. — O que mais eu usaria?

— Você poderia ter tomado uma pílula do dia seguinte, ou então, ido ao médico para começar a tomar um anticoncepcional receitado. — Aquilo me deixou pensativa, fazia sentido! — Mas você não se importou muito.

— Foram pouquíssimas vezes que eu transei com o Victor. — Me defendi. — Eu não queria transar com mais ninguém, depois daquele dia.

— Mas agora vai transar comigo! — Micael sorriu leve. — Vou marcar uma médica para você. Já ouviu falar em DIU Mirena?

— DIU Mirena? — Franzi o cenho. — Isso vai doer?

— O processo é um pouco desconfortável mas irá durar um bom tempo! — Me passou confiança. — Só vamos tirar quando quisermos ter um filho, caso contrário, sem problemas.

Fiquei em silêncio, pensando. Micael tirou a minha atenção dos pensamentos.

— Você ficou em silêncio. Algum problema?

— Não. — Sorri para descontrair. — É que...

— Você quer saber se eu quero ter filhos, é isso?

Sim, era isso!

— Eu não sei se eu quero, isso depende do nosso casamento. — Pensou.

— Depender do nosso casamento? — Fiquei confusa com a sua resposta. — Então você vai ver como vamos progredir para ter um filho?

— Exatamente! Eu não vou fazer um filho em você com duas semanas de casado, isso seria loucura.

— Eu sei que é loucura mas pensar em como o nosso casamento vai fluir para termos um filho? Isso já é demais!

— Sophia, você sabe ser mãe? Me diga, você sabe? — Micael me encarava sério, deixando de lado a troca de sorrisos. — Você só tem dezessete anos! Nunca viajou sozinha, nunca curtiu um porre sozinha, nunca conheceu o mundo! — Pausou. — Você precisa viver primeiro para depois ter um filho.

— Ah, é sério? — Ri desacreditada. — E não podemos conhecer o mundo com o nosso filho?

— Tá, você quer ser mãe aos dezessete e ficar reclamando que não conheceu nada da vida assim como algumas mães da sua idade? Que ficam em rede social fazendo texto? Me poupe, Sophia! — Ficou estressado. — Eu não vou fazer um filho em você porque tenho compaixão à minha vida.

— Então você não quer ter uma família comigo? É isso?

Vi Micael passar a mão no rosto, me retirando de cima do seu corpo e se levantando, procurando sua camisa.

— Eu quero ter uma família com você. Lá na frente! Quando a gente viver! Entendeu? — Vestiu sua camisa. — Vamos viver primeiro para depois nos prender em responsabilidades. Não seja como os seus pais, que querem pressionar a gente para ter um filho com três meses de casado.

Abaixei a cabeça e assenti o que Micael estava querendo dizer, não iríamos chegar em lugar algum. Assisti ele buscar o tênis, sentando na cama para calça-lo novamente quando eu o parei.

— Fica mais um pouco! — Segurei em suas mãos. Micael segurou em meu rosto, observando.

— Não posso, querida. Se eu ficar, eu vou querer ter você. — Analisou o meu corpo nu.

— Você já me tem. — Sussurrei em seu ouvido, buscando seu dedo indicador, o chupando com vontade.

Micael cerrou os olhos, gostando daquilo. Buscou o meu seio, apertando com vontade antes de chupa-los, intercalando. Me deitei com ele, ainda tendo em meus seios, me dando prazer apenas com aquilo. Micael me virou para cima, me deixando em cima do seu corpo.

— Vamos. — Segurou em meu quadril. — Me surpreenda, minha querida noiva!

— Isso é um jogo? — Achei graça.

— Eu sei que você quer transar então use as habilidades que eu te ensinei. — Ficou confortável na situação, relaxando enquanto me tinha em cima do seu corpo, começando a ter vergonha.

Eu estava morrendo de tesão e vontade de transar, minha intimidade pulsava assim como meu clítoris, meus bicos estavam pontudinhos por ter Micael os chupando sem parar, quando ele me virou, parando de prazer à eles. Tinha que pensar em algo para não acabar perdendo o meu orgasmo, que viria logo.

Me alonguei até o criado-mudo ao lado da cama, vasculhando a segunda gaveta e retirando um tubo de lubrificante, que ficava junto com o meu vibrador pequeno. Micael me observava em todos os detalhes, sorrindo leve para os comandos que eu fazia a seguir.

Abri o tubo grosso sentindo a consistência do produto em mãos, antes de espalhar por todo o corpo de Micael, focando no abdômen e peitoral. Ele achou graça, soltando risos gostosos e ficando sem se mexer, me deixando livre para fazer o que quisesse.

Usei a tática: ele não está ali, sendo que sim, ele estava! Aproveitei que o lubrificante estava perfeito em seu corpo, alisando minha intimidade em seu abdômen, fazendo um sexo à seco bem diferente. Não conseguia ver sua face pois estava de olhos fechados, sentindo o quão bom o contato do lubrificante estava gostoso, me dando sensações incríveis. Arfei baixinho ao encostar meu clítoris em seu abdômen duro, me movimentando com vontade. Micael trouxe meu quadril mais para cima, seu queixo tocou minha vagina, me estremecendo. Ele tinha que meter em mim.

Soltei um gemido longo, Micael tapou minha boca e quando fui me movimentar de novo, eu já havia gozado, sem ao mesmo sentir. Revirei meus olhos e fiquei por longos minutos na mesma posição, deixando a cãibra, tesão e sentimentos estranhos pós-orgasmo me consumirem. Micael me deu um beijo demorado nos lábios, me acordando de novo.

— Eu preciso ir, querida. — Beijou a minha mão.

— Não.

— Sim, eu preciso ir.

Fiquei em órbita quando Micael me tirou de cima dele, me deitando na cama e dando um beijo demorado em meus lábios, de novo.

— Eu te amo. — Sussurrou em meu ouvido, sorrindo e indo embora.

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