Capítulo Sessenta e Dois

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Micael tinha muitos afazeres naquela tarde, mas minha tara por sexo não o deixou desencaixotar dezenas de tintas. Fizemos sexo no meio delas, entre risos, beijos fervorosos e falas extremamente pesadas.

Senti cócegas quando ele subiu minhas pernas em beijos lentos, comigo ainda de pé. Tive uma pequena abertura na coxa e seu queixo roçando em minha intimidade, antes de chupar o meu clítoris com força. Estava no céu! Deus, como eu estava no céu! Puxei os seus cabelos como ato de submissão, eu não queria que ele parasse naquele momento. Eu iria gozar bem rápido.

— Eu preciso trabalhar! Você sabia? — Micael disse após dar um chupão lento na minha cintura. Me estremeci.

— Não, não. — Estava em êxtase quando suas mãos subiram os meus seios. Incrível eu ainda estar de pé.

— Não o que? — Ele ficou de pé em minha frente, tocando o meu rosto para me beijar.

Caminhamos até o sofá com algumas caixas em cima, que foram caídas quando meu corpo tocou alguma delas. Ri junto com Micael, que subiu em cima de mim, começando os movimentos lentos que viraram rápidos demais em segundos. Encarei o teto com os olhos virados, gemendo por mais. Minhas mãos seguraram em seu pescoço, achando um jeito de cravar minhas unhas para me manter firme.

Micael foi rápido ao me virar no sofá, me colocando de quatro e movimentando mais rápido ainda. Recebi um chupão gostoso no pescoço, junto com lambidas na orelha e mordiscadas no queixo. Meu corpo estava queimando! Eu não iria aguentar por muito tempo.

— Chupa! — Me mostrou seus três dedos, enquanto metia sem parar. Coloquei os três na boca, lentamente, chupando toda a extremidade do seu dedo.

E recebi os três úmidos em meu buraco, me fazendo gritar. Micael sorriu maléfico, limpando as gotas de suor que estavam em meu rosto. Fui surpreendida por uma masturbação rápida até eu entrar em orgasmo, quando estava gozando, Micael voltou a meter, gozando dentro de mim.

Deitei em cima de Micael, que agora estava por baixo. Estávamos suados e ofegante, porém, felizes.

— Ok. Eu não quero mais trabalhar! — Decretou, me tirando um riso.

— Você não precisa. — Dei um beijo rápido em seus lábios. — Eu preciso trabalhar. — Deitei em seu peito, enlaçando minhas mãos em seu pescoço.

— Já disse que não precisa. — Micael fez carinho em minhas costas, passando sua mão na curvatura dos meus seios.

— Não vamos conversar sobre assuntos chatos. — Cerrei os meus olhos, ainda cansada. — Vamos conversar sobre o seu grande projeto com Francis.

— Ah não, isso me dá dor de cabeça. — Micael fez uma careta. — Quando você souber, irá saber.

— Então vai me esconder? — Levantei o rosto para encara-lo.

Micael ficou em silêncio, me observando.

— Estou armando um plano, não é um projeto. — Soltou.

— Plano? — Franzi meu cenho.

— É, um... Plano. — Rolou os olhos. — Vamos matar o meu pai!

Meus olhos se arregalaram em segundos. Levantei meu tronco para me sentar, incrédula com sua fala. Micael não entendeu o espanto, já que eu odiava Borges.

— Matar o seu pai? — Ainda estava digerindo. — Você e Francis?

— Sim. Algum problema?

— Muitos problemas, Micael. — Me levantei, ele seguiu atrás.

— E por que muitos problemas?

— Porque sim! O seu pai é mafioso, você não vai conseguir mata-lo. — Abri a geladeira, em busca de um suco.

— Por que você tem essa certeza? — Se escorou no balcão.

— Porque sim! É meio óbvio, você não acha? — Despejei um suco de laranja em meu copo.

— Sophia, eu preciso dar um fim no meu pai antes que ele dê um fim na gente. Ou até em você! — Me explicou.

— Foi ele quem matou Léa? De verdade? — Bebi meu suco com o olhar vidrado em Micael, que estava pensando no que responder.

— Você acha que eu matei Léa?

— Só quero que você me diga isso. — Rolei os meus olhos, um pouco cansada daquela conversa interminável.

— Você ainda está pensando no que ele disse. Entendi. — Assentiu consigo, se lembrando que Borges disse sobre Léa. Onde Micael lhe manteve presa. — Eu não prendia a Léa, eu não fazia nada disso que ele está falando!

— Tudo bem. Mas ainda acho que essa história de vingança do seu pai não vai dar muito certo. — Deixei meu copo no balcão, andando até Micael.

— Preciso acabar com ele!

— Mas não precisa ser desse jeito, Micael. — O abracei, nos entreolhamos. — Se descobrirem? Se você for preso? O que vai ser sobre tudo?

— Sobre tudo? O máximo que vão fazer é colocar a herança na justiça e minha mãe ficar louca pela minha prisão. Mas eu não serei preso, iremos fazer no sigilo. — Me deu um beijo. — Eu te amo!

— Eu também te amo. — Toquei o seu rosto com os meus dedos delicados.

Micael me teve em seu colo, suspendendo meu corpo para que eu pudesse sentar em cima do balcão. Abri minhas pernas e tive ele ao meio, encaixando seu pau para me possuir de novo. Meus cabelos fizeram uma cascata quando fiquei de cabeça para baixo, já que o balcão não era muito extenso. Entreabri os meus lábios e gemi mais alto ainda, sentindo os espasmos que Micael estava me proporcionando.

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Três semanas depois.

Era tarde, parecido com outono. Brinquei com Micael que estava trabalhando em novos quadros, para uma nova vernissage. Dessa vez, em Nova Iorque. Estávamos contentes e felizes por seu trabalho estar rodando o mundo.

Ficamos lá fora, eu também estava o ajudando a pintar, meio desajeitada mas ainda sim arrancava alguns risos dele. O caminhão havia entregado mais tintas em caixas variadas, naquela tarde. Ajudei Micael à guardar.

— Busque as tintas da caixa menor. — Soltou, um pouco longe de mim, já que estava verificando algumas telas novas que também havia comprado.

— Sim, senhor. — Brinquei com ele que sorriu leve, me jogando um beijo em seguida.

Andei para o quintal, vendo as caixas empilhadas, prontas para serem guardadas. Abri uma caixa com a ajuda de um estilete, vendo as latas pesadas de tintas com diferentes cores. Peguei a primeira lata com um pouco de dificuldade, deixando no chão.

— Hum, vamos ver que cor veio! — Disse para mim mesma, alegre de abrir mais uma caixa de tintas.

Quando abri a lata, não esperei ter a reação de cheirar o conteúdo e embrulhar o estômago, me fazendo vomitar de uma vez no chão. Fiquei encarando meu vômito por cinco minutos, em transe.

— Querida, está tudo bem por aí? As tintas estão certas? — Micael soltou, ainda de longe, vendo que eu estava demorando naquele processo.

— Ah, sim. Sim! Sim! — Me apressei em esconder o vômito, passando meu tênis por cima, fazendo mais sujeira. — Eu vou guardar lá em cima. — Olhei para trás, Micael assentiu e voltou para dentro.

Guardei as latas rapidamente de volta na caixa, fechando e correndo para longe dali. Estava trêmula quando voltei para dentro, me segurando para não passar mal de novo.

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