Capítulo Oitenta e Cinco

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Eu queria excluir o dia de hoje! Tirando o momento que estava tendo agora, com a cabeça de Micael entre as minhas pernas, passando a língua entre o meu clítoris e fenda, ambos úmidos.

A gravidez estava me proporcionando sensações incríveis, ainda com poucas semanas, eu estava perdida nesse quesito, deveria melhorar conforme as consultas. Mas o prazer excessivo que eu estava tendo, não se comparava com as outras vezes.

— Deita lá! — Micael me empurrou na cama, onde fui deitada brutalmente de bruços. Fiquei de quatro enquanto suas mãos passeavam por meus cabelos, descendo até minha nuca e costas nuas.

Senti Micael se posicionar em cima de mim, lambendo minhas costas até chegar em meu cóccix. Sua outra mão encontrou a minha entrada úmida, enfiando dois dedos antes de tirar e lambuzar os meus mamilos durinhos, que já estavam crescendo conforme as conversas de consultório.

— Diz para mim. — Micael segurou em meu pescoço, entrando de uma vez, acertando o meu fundo. — Você transou com ele? — Sussurrou em meu ouvido.

— Não. — Segurei na cabeceira da cama quando os movimentos ficaram mais intensos.

— Você transou com ele ou não transou?

Não consegui responder dessa vez, balancei minha cabeça negando mas Micael achou a resposta terrível. Os movimentos ficaram mais fortes, conseguia sentir as bolas de Micael com facilidade na minha bunda, batendo diversas vezes. Ele estava indo até o meu fundo, sem medo de me machucar.

— Hmmmm... — Mordi meus lábios e soltei um gemido.

Fui virada na cama novamente, ficando por cima, tendo contato visual com Micael. Meu corpo ficou gelado quando tentei me encaixar, procurando o membro de Micael, mas parei automaticamente, sentindo um frio na nuca.

— Sophia? — Micael se preocupou. — Tudo bem?

Respirei fundo e neguei, apoiando minha mão em seu peitoral. Sai às pressas, correndo em direção à suíte, vomitando tudo.

Micael veio atrás de mim, segurando os meus cabelos. As convulsões estavam tão fortes que meu estômago doía. Eu não queria mais passar por aquilo.

— Querida, tudo bem! Está tudo bem. — Passou a mão no meu rosto quando parei de vomitar, procurando ar fresco, com dificuldade de puxar o ar para os meus pulmões. — Vou cuidar de você! Ainda quer vomitar mais? — Micael me perguntou cauteloso, fechando a tampa do sanitário cuidadosamente.

Neguei com a cabeça, não querendo falar no momento. Ele assentiu, me levantando com calma e levando até o box para me dar banho.

— Está tudo bem. — Beijou minha mão e abriu a torneira, verificando a temperatura da água. — Você está sentindo alguma coisa?

— Enjoada, só isso. — Passei as mãos no rosto, querendo sumir dali.

Micael foi cuidadoso ao me dar banho, com medo que eu passasse mal novamente. Lavou os meus cabelos, massageou minha nuca e trapézio das costas, levando um pouco de água gelada até o local, já que minha pressão parecia ter despencado. Quando terminamos, fui carregada até à cama, ainda úmida pelo banho, com uma toalha enrolada em meu corpo.

— Tudo bem? Você está sentindo mais alguma coisa? — Se agachou na minha frente, alisando minha testa.

— Não mais. — Esbocei um sorriso. — Obrigada por me ajudar. — Segurei em sua mão.

— Na saúde e na doença, lembra? — Micael sorriu leve.

— Eu te amo. — Segurei em suas mãos e recebi um beijo longo entre os lábios.

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Fiquei lá embaixo enquanto Micael tentava pintar a tela branca, pensando em algo para começar a preencher. Alisei minha barriga antes de atender á porta, já que a campainha havia tocado.

— Olá!

Alexander sorriu de orelha à orelha quando me viu. Seu cheiro impecável e másculo, as mãos fortes junto com os músculos por baixo da camisa de botões.

— É... Olá! — Fiquei sem graça. — Entre. — Dei passagem.

— Quem é, querida? — Micael estava se aproximando.

Alexander abriu os braços quando Micael apareceu, deram um abraço apertado.

— Quanto tempo! — Micael bateu de leve em suas costas. — Como vai?

— Bem e você? Acredito que Francis já tenha falado de mim. — Alexander foi entrando.

— Ele veio hoje mais cedo, me contou sobre o longa. — Micael ficou animado. — Querida, por que não oferece uma bebida ao Alexander? Ele é amante de uísque! — Gesticulou animado, fazendo com que eu fosse até à pequena adega que havia em casa, buscando um uísque para Alexander.

Enquanto preparava um drinque, escutava a conversa dos dois.

— Eu fui na sua vernissage mas você não estava. — Alexander começou. — Francis me ligou querendo saber sobre um possível longa, eu aceitei de imediato.

— Incrível, incrível! — Micael tinha os olhos brilhando. — Quando você pretende começar as gravações? Quero dizer, o projeto em si.

— Não devo demorar. — Pensou rápido. — Você estará disponível no mês que vem?

Fui de encontro com Alexander, entregando o copo com uísque, pela metade e três cubos de gelo.

— Como posso te dizer... — Micael coçou a nuca. — Não estou ficando por aqui, Alexander. Eu estou passando por alguns problemas...

— Eu já sei de tudo. — Alexander descansou o copo no braço do sofá, deixando Micael surpreso. — Conheço tudo sobre você, Micael. Sei que está passando por momentos difíceis!

— Sophia te contou? — Micael cruzou os braços e não gostou nada daquela história.

— Sim, ela me contou. Eu levei Sophia para jantar, em forma de agradecimento à vernissage. Conversamos sobre tudo! Investimentos, seus quadros, a estrutura da vernissage. — Alexander mentiu um pouco, assim como eu. — Não precisa se preocupar.

— Não estou preocupado, eu só não irei conseguir comparecer às gravações do longa. Coisa que eu deveria ir, não é mesmo? — Micael levantou uma sobrancelha.

— É, o correto era você ir e discutir comigo. Mas Sophia está aqui, ela pode comparecer e dar alguns ajustes. — Alexander me encarou, fazendo uma careta antes de beber outro gole do uísque.

Micael nos entreolhou, não gostando daquela história. Esboçou um sorriso forçado quando Alexander começou a dizer sobre a vernissage, sobre tudo o que havia acontecido dentro do espaço. A verdade era que, eu estava confusa entre Micael e Alexander. Ao mesmo tempo que Alexander era atraente, eu também amava o meu marido e não podia fazer qualquer besteira que pensasse com ele.

Foi difícil me manter em um estado onde conseguia decidir o que eu queria.

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