𝔻𝕖𝕫

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📌 1 de dezembro de 2022

V A L E R I E

Quinta-feira. Último dia de aula do semestre. Eu não poderia estar mais feliz.

E nem preciso adivinhar quem está parado na frente do portão de entrada do prédio logo após que a aula acabou.

Meus olhos reviram automaticamente mas logo após solto uma risada.

Dessa vez ele não chegou de surpresa. Combinamos de comemorar meu final de semestre.

Finalmente de férias. Planos? Nenhum. Mas é sobre isso. E não tá nada bem.

Tô quase pra pedir pro Matheus me adotar e me levar pra Londrina com ele.

Ando até a porta do carro de Yuri, e abro tranquilamente.

— Boa noite, loirinha. — ele sorri e eu já nem disfarço meu sorriso.

O que esse homem fez comigo? Não bastava ser somente lindo e extremamente gostoso. Tem que ser educado, prestativo, família, romântico e etc etc... ele também é rival mas eu já até esqueci desse detalhe.

— Boa noite, jogador. Alguém aqui está finalmente de férias. — decreto e ele gargalha.

— Agora somos duas pessoas de férias. — ele me olha e eu assinto.

— É. Mas só uma pessoa aqui ganhou 1 taça da copa do Brasil e outra da libertadores nessa temporada. — não deixo de alfinetar.

— Você machuca meu coração assim, loirinha.  — Yuri põe a mão no coração e faz cara de choro.

Irresistível.

— É mais forte que eu. — me aproximo dele e lhe roubo um selinho. Isso também é mais forte que eu. Ele se assusta de leve.

— Você é uma caixinha de surpresas, Valerie. — ele nega sorrindo.

— E você adora. — estalo a língua no céu da boca.

— Nunca neguei. — o atacante faz carinho na minha perna.

— Vamo de cinema? — ele me olha.

A gente nunca programa nada, só faz o que dá na telha. Eu gosto disso. Planejar não é muito meu forte.

— Meio tarde né? —olho no painel do carro. Onze horas da noite.

— Um pouco. Quer ir pra sua casa igual da última vez? — ele me olha sem maldade.

— Minha mãe chegou hoje. Nem rola. — reviro os olhos.

— Poxa, era bom que eu já conhecia a sogrinha. — o jogador debocha e eu reviro os olhos.

— Ela nunca teve um genro e não vai ser hoje que ela vai ter, hein. — debocho de volta mas recebo um olhar curioso do atacante.

— Como assim? Você nunca namorou? — ele pergunta.

Eu nunca namorei. Eram só namoricos de adolescente e depois dos 18 eu nunca fiz questão de ter nada sério com ninguém.

— Não. — nego. — Tipo, namoro sério? Não. Só uns beijinhos aqui e ali. — sorrio fraco.

— Muito louco o quanto somos diferentes. — ele suspira.

— E temos a mesma idade. Você só precisa se permitir viver mais. — faço um apontamento.

Yuri é família demais. E eu admiro isso nele. Acho que por ele já ser pai, talvez faça com que ele se limite muito. Mas fala sério, somos tão jovens. Eu sinto necessidade de viver enquanto posso. Falta um pouco disso nele.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora