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Esse capítulo contém mais de uma narração. Atenção.
📌 24 de dezembro de 2022
Y U R I
— Oi, minha loirinha. A que devo a honra de ouvir sua voz? — sorrio ao atender uma chamada de voz da Valerie.
Véspera de Natal aqui em casa mas tudo já estava sendo preparado desde ontem. Então, agora pela parte da tarde as meninas estão se arrumando enquanto uma equipe que minha mãe contratou ajeita os últimos detalhes.
Diferentemente das outras festas, o nosso Natal costuma ser mais reservado. Só entre a gente. Somente a nossa família.
— Valerie? — ouço soluços baixos. Meu coração automaticamente acelera.
— Valerie, o que aconteceu? — levanto rapidamente da cama já procurando meu tênis.
— Yuri... — ela tenta falar.
— Valerie onde você tá? Porra. — esbarro em algumas coisas no caminho enquanto calço o tênis rápido e desço as escadas.
— Em casa, por favor. Vem aqui. — a voz de choro é aparente.
— O que aconteceu? Você se machucou? Sua mãe? O Victor? — minha mãe que está na sala levanta a cabeça ao me ver falando. Eu pego a chave do carro.
— Não, ninguém se machucou. Tá tudo bem com todos. Eu só... preciso de você agora. — ela parece acalmar um pouco.
Meu coração continua extremamente acelerado.
— Tá, amor. Eu tô indo. Por favor, fica calma. — peço ainda desesperado.
A chamada é desligada.
Dona Flávia me olha séria e confusa.
— A Valerie. Aconteceu alguma coisa. Eu tô indo lá. Ligo assim que puder. — explico rápido e ela assente compreensiva.
— Vai com cuidado, filho. Dirige com calma. Me avisa qualquer coisa. — minha mãe pede e eu assinto saindo porta a fora.
Minha perna não para de tremer. Eu sinto que a qualquer momento vou explodir. Só de pensar que a Valerie não está bem eu automaticamente fico desnorteado.
Ela só chorou assim uma vez. Por causa do pai. Será que tem a ver com isso novamente?
Minha cabeça está a mil. Eu tento dirigir corretamente e sem correr muito mas tudo que eu quero é chegar logo na casa da minha loirinha.
Pra ela estar chorando assim só pode ser algo importante. Mas ela disse que ninguém se machucou. Isso me deixa confuso.
Penso tanto que logo chego lá. Estaciono do modo que consigo. Vejo que o carro fica todo torto. Não ligo.
Desço correndo e toco a campainha seguidas vezes.
Minha loirinha atende a porta no terceiro toque.
O rosto vermelho e inchado entrega o quanto ela já deve ter chorado. Ela está com uma camisa minha, da Nike. E não uma do flamengo, como é de costume.
Respiro fundo para falar algo mas rapidamente ela me abraça e desaba.
— Eu tô aqui, meu amor. — peço adentrando a casa junto dela. Quase a carregando no colo.
— Ela não vem, Yuri. — Valerie esconde o rosto no meu pescoço.
Ela? A mãe dela?
— Vamos sentar e você me conta, se quiser. — peço a levando até o sofá.
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Fantasi • Yuri Alberto
FanfictionSabe aquele ditado "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"? Então. Valerie Castro começa a entender muito melhor essa expressão a partir da noite em que esbarra no jogador do Corinthians, Yuri Alberto. Yuri nunca tinha se sentido atraído...