𝕊𝕖𝕤𝕤𝕖𝕟𝕥𝕒 𝕖 𝕆𝕚𝕥𝕠

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Esse capítulo contém mais de uma narração. Atenção.

📌 17 de janeiro de 2023.

V A L E R I E

— Vê se não demora pra voltar. — Matheus me abraça mais uma vez. Estamos dentro do aeroporto.

— Já disse que venho pelo menos uma vez ao mês. Fica tranquilo, não vou te abandonar. — debocho enquanto o lateral revira os olhos.

— Você tá bem, né? — pergunta preocupado ainda por causa do encontro com minha mãe. Eu assinto.

— Só quero chegar logo na minha casa. — sou sincera e o lateral me olha feio. — Minha casa de São Paulo, minha casa aqui do Rio é o nosso apartamento. — abraço o jogador que agora esboça um sorriso.

— Te amo, teteu. Você é meu melhor amigo. Qualquer coisa me liga. Se bem que a gente conversa todo dia, então nem preciso falar isso. — faço careta.

— Te amo, Lili. Ainda é um tantinho estranho te chamar assim. Você foi LLM por tanto tempo. Tô feliz pelo que você vem conquistando. Muito feliz. Tô sempre aqui. — me abraça novamente.

Ouço o voo ser chamado novamente e trato de me apressar dando tchau para Matheus e andando até a plataforma.

Me acomodo na minha poltrona já pensando em chegar logo em casa. Com esses pensamentos acabo dormindo. Só acordo quando a senhora ao meu lado me cutuca. Chegamos.

Ê São Paulo. Minha alma carioca sempre me fez ter um pé atrás com essa cidade. Ainda mais por tudo que aconteceu desde que cheguei aqui ainda adolescente. Sentia saudade da minha cidade natal, dos meus amigos, e até mesmo que ouvir o sotaque arrastado típico dos nortistas.

Anos se passaram e meu sotaque também passou. É uma mistura total, tem um pouco de cada, mas a puxada no S que vira um X prevalece. Como diz o meu querido camisa 10, Gabigol, sou carioca nascida em Realengo.

São Paulo não é minha cidade favorita. Já está claro. Mas São José dos Campos tem meu coração. Ou melhor, meu coração mora lá. Porra, nem nos meus maiores sonhos eu achei que iria me tornar alguém tão apaixonada assim. Inclusive, a saudade me consome.

Procuro meu atacante com os olhos por todos os cantos do aeroporto. Nada. Pelo contrário, vejo a morena alta que me chama de cunhada junto do companheiro dela que parece mais irmão do Yuri do que ela mesma. Isso mesmo, Tainá e César Bruno. Só que isso é estranho, quem vinha me buscar no aeroporto era o Yuri. Pelo menos até agora de tarde era isso que eu achava.

Será que aconteceu algo?

Aceno para Tainá que rapidamente me vê e anda até mim.

— Chegou na hora, hein? — ela sorri.

— Oi Tata, Oi Cesar. — cumprimento os dois. — Cadê o Yuri? — não consigo guardar a curiosidade.

— O técnico segurou eles até mais tarde lá no CT hoje. Aí como estávamos aqui por São Paulo, ele pediu pra gente passar aqui e te buscar que ele só vai mais tarde pra casa hoje.— a irmã mais velha de Yuri explica e eu assinto.

Depois que eles perderam o primeiro jogo da temporada nada mais justo que o Fernando Lázaro mostrar trabalho e fazer eles correrem áreas do prejuízo. Amanhã tem jogo, tem camisa do Corinthians e Yuri tem que fazer um gol pra mim. Socorro. Matheus vai confiscar minha carteirinha.

— Hum. Tá bom. Então vamos. — sorrio leve.

Caminhamos até o estacionamento e lá posso me deitar no banco de trás e dormir um pouco. Não vejo a hora de chegar em casa para ver meu atacante. Também preciso de um banho e descanso. Muito descanso. Os dias no Rio foram intensos. Tanta coisa em tão pouco tempo.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora