𝕊𝕖𝕚𝕤

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📌 23 de novembro de 2022

V A L E R I E

Acordei com a sensação de que fui atropelada por uma manada de elefantes. Isso que dá dormir tarde e acordar cedo.

Yuri me alugou até altas horas ontem e se eu falar que não gostei de ficar conversando com ele, eu estaria mentindo.

Eu gosto do modo como ele insiste que um dia vamos ter algo.

E cá entre nós, cada vez que ele me chama de loirinha com aquele sorriso perfeito eu fico a um passo muitoooooo pequeno de não resistir mais.

O desgraçado tá me ganhando aos poucos. Mesmo assim, eu ainda tento manter a pose.

Fui pra academia de manhã mesmo sem vontade. O que eu gosto mesmo é de um futvolei em qualquer praia no Rio. Inclusive, vontade de morar lá não falta.

Mas tô me contentando com alguns bate-voltas pra lá em alguns fins de semana. Só que agora que geral tá de férias fica difícil.

Agora são cinco da tarde e eu me encontro deitada eternamente em berço esplêndido pensando em que roupa vou vestir mais tarde.

Nada muito casual porque eu nasci pra brilhar, e nada muito chique porque eu também não sou a Marília Nery da vida, porém queria né?

Quem não sonha em ser WAG {n/a: wife and girlfriend of a sport star = esposa e namorada de uma estrela do esporte} que atire a primeira pedra.

Eu sei, a vida de WAG tá batendo na minha porta e eu tô fingindo que não tem ninguém em casa.

Mas entendam.

ELE JOGA NO TIME RIVAL. Eu não vou vestir uma camisa do Corinthians pra apoiar ele nos jogos.

— Já tá pensando no rival, Valerie? — quase caio da cama com o susto que levo.

Victor está na porta do quarto me olhando com meio sorriso.

Deus, por que não me fizestes filha única?????

— Sai assombraçãoooo!!!! Vai estudar, Victor. — reviro os olhos pós susto e viro para o outro lado da cama.

— Nada disso. Meu cunhado é jogador de futebol. — ele fala confiante. E eu o olho com dó.

— Só se você namorar com a irmã dele o que pelo visto só vai acontecer por cima do cadáver do próprio. E acho que não vai pegar bem pra você matar o queridinho camisa 9 da torcida que se denomina bando de loucos. — explico sorrindo debochada é a vez dele revirar os olhos.

— Você fica aí de gracinha mas sei que hoje de noite vocês vão no cinema. — ele diz entrando no quarto e sentando na poltrona que tem lá.

Eu falto me engasgar com minha própria saliva.

Como esse moleque descobriu isso????

— Ora ora, parece que temos um Sherlock Holmes por aqui... — brinco pra tentar aliviar a tensão dele ter me descoberto.

— Então. Você vai ter que me levar hoje!! — ele me faz gargalhar.

— Nem inventa

— Nada disso. Vi você chegando com ele e não falei nada pra mãe. Agradeça me levando pra ver a Maria hoje. — ele joga baixo.

Quem criou esse monstrinho??

— Como assim ver a Maria? — ergo uma sobrancelha.

Yuri não me falou nada sobre programa com irmãos.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora