𝕍𝕚𝕟𝕥𝕖 𝕖 𝕊𝕖𝕥𝕖

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📌 16 de dezembro de 2022

V A L E R I E

Satisfação. Novamente eu dei satisfação de uma situação pro Yuri. Caralho. Eu não sou nenhum pouco acostumada com isso. Não costumo explicar o que eu faço ou deixo de fazer pra ninguém.

Nem com a minha mãe eu costumo falar muito sobre as coisas que faço, só quando ela pergunta. E agora eu tô aqui. Dando satisfação de quem eu conversei pro Yuri do mesmo jeito que eu fiz quando fui no pub com o Matheus e o Thuler.

Mas sabe, parecia que eu tava carregando um peso sobre minhas costas. Era como se eu precisasse contar pra conseguir me aliviar.

Fiquei meio em dúvida sobre comentar detalhes. Até porque os detalhes envolvem eu assumir que estou apaixonada por ele. E eu não sei se tô pronta pra isso. Então, só contei por alto.

E agradeci ao universo por ele não ter perguntado pra mim sobre mais do que aconteceu.

Ficamos conversando sobre as outras coisas que aconteceram lá no Rio e acabamos dormindo.

Depois que acordo, nem ao menos me mexo. Continuo ali de olhos fechados deitada no peito dele. Pela respiração calma e compassada ele ainda está dormindo.

Dormir com ele tem virado rotina. Uma rotina que eu aprendi a gostar cada vez mais. O foda é que eu acostumei.

E quando durmo sem ele parece que falta algo. A cama parece gigante e vez em quando acordo a noite procurando ele.

Bom, parece que desapegada não é mais um dos meus adjetivos. E eu tenho um certo medo disso. Eu nunca tive medo de machucar, até porque nunca me envolvi emocionalmente com alguém como eu estou me envolvendo com o Yuri. E de uns tempos pra cá esse medo está presente.

Eu não vou machucar o Yuri. Eu sei que talvez ele pense que eu vá. Mas eu não vou. Por isso quis falar sobre o Gerson.

Ouço a porta ser levemente aberta.

— Meninos. Desculpa acordar vocês.— Dona Flávia coloca só a cabeça pra dentro do quarto.

Yuri abre os olhos devagar e confesso somente pra vocês que poderia ficar horas olhando pra carinha dele amassada de sono.

— Oi mãe, a Zizi tá dando trabalho? — ele coça os olhos.

— Não, filho. Ela tá dormindo ainda. A Thainara ligou e perguntou se tem como você levar ela pra lá hoje. — a senhora loira continua sem entrar no quarto.

Thainara é a mãe da Ysis. Até onde eu sei ela e o Yuri se dão bem na medida do possível pra educar e proporcionar pra menina uma boa convivência entre os pais. Mas o contato é mínimo.

E pelo o que venho convivendo é observando não parece fazer parte nem da índole do Yuri, nem da família dele causar causado qualquer tipo de confusão.

— Ah. Tem como sim. Vou avisar pra ela que de noite eu entrego ela lá. Obrigado por avisar, mãe. — o atacante agradece e a mais velha manda um beijo no ar.

— De nada. Depois desçam pra lanchar. Tem bolo. — Dona Flávia oferece.

— Bolo. Quero. — comento baixo mas os dois ouvem e sorrimos.

— Não demoremmmmm então. — ela pede saindo do quarto.

Continuo deitada na mesma posição ao lado de Yuri.

— Você vai querer ir lá comigo? — ele pergunta se referindo a deixar a Ysis.

— Acho que vou ficar aqui. — reflito. Não faz sentido eu ir.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora