𝔻𝕖𝕫𝕖𝕤𝕤𝕖𝕚𝕤

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⚠️ LEIAM AS NOTAS FINAIS ⚠️

📌 8 de dezembro de 2022

V A L E R I E

O barulho ensurdecedor do toque do iPhone adentra os meus ouvidos. Ao mesmo tempo que eu ouço a campainha tocar várias e várias vezes.

De começo penso que é a única pessoa que tem me perturbado no último mês. Vocês sabem quem.

Levanto rápido e olho o horário. Dez horas. Essa hora o Yuri já treinou, já correu várias vezes aquele jardim da casa dele. Então só pode ser ele. Mas assim que vejo a chamada  perdida sou tombada.

Ok, é jogador, não é atacante. Também não joga no time rival. Segundo muitos é lateral-direito mas já vi ele jogando até de centroavante e fazendo gol.

Definitivamente não é o Yuri. Eu digo por aí que é meu melhor amigo.

— PUTA QUE PARIU, TETEU. — abro a porta de casa aos berros me jogando nos braços dele. Um abraço forte pra matar a saudade do meu latera.

Se eu tava morrendo de sono agora não tô mais.

— PORRA QUE SAUDADE DE TU, LLM!! TIVE QUE PASSAR AQUI PRA TE VER!! — Matheuzinho aperta ainda mais o abraço.

Quando nos afastamos ele me olha estranho.

— Que isso, gatinha? Essa camisa não é do seu irmão não. — o lateral constata.

DETALHE: Essa é a primeira coisa que ele analisa.

Faço uma careta. Matheus me conhece muito bem. Além disso a camisa é realmente grande demais pra ser do Victor.

— É do cara? — sorrio amarelo em concordância.

— Não creio. — ele sorri malicioso. — Tu trouxe o cara pra tua casa? Isso é raridade. — Matheus continua falando enquanto adentra e senta no sofá da sala.

Ele tem razão. Não costumo trazer qualquer um aqui. Dá pra contar nos dedos quem conheceu meu quarto.

— Para, Matheus. — tento sem sucesso conter o lateral jogando uma almofada nele.

— Quem diriaaaaa. Eu afasto o pé um mês e quando eu volto minha parceira de rolê casou com o rival. — Teteu continua tirando com a minha cara.

— Casou nada, Matheus. A gente ainda nem... — me arrependo do que ia falar no meio da frase.

— Vocês ainda nem....?????? — ele me olha incrédulo.

Levanto as sobrancelhas em forma de não dizer o óbvio.

— Não acredito, eu não acredito. — o lateral gargalha. — Você já foi na casa dele né? — eu assinto. — E vai lá fazer o que? Admirar a medalha de vice-campeão da Copa do Brasil? — ele me cutuca e eu fico sem ter resposta.

— Eu conheci a família dele. — comento baixo.

— PUTA QUE PARIU, VALERIE. — Teteu não para de gargalhar. — ISSO SÓ FICA MELHOR, PAGUEI PRA VER LLM APAIXONADAAAA. — ele levanta do sofá fazendo uma dancinha ridícula enquanto eu tento não querer sumir.

— Eu te falei que tava tudo estranho. — quase sussuro.

— Pera lá. É sério? — ele para a gracinha toda pra me olhar.

Eu tô quase pra chorar de desespero.

— Eu acho que tô me envolvendo mais que o normal, e porra, faz menos de um mês. Eu não deveria estar assim, mas eu tô e não sinto culpa por isso. — me encolho no sofá.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora