ℚ𝕦𝕒𝕥𝕣𝕠

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📌 21 de novembro de 2022.

V A L E R I E

Yuri vai dirigindo até entrarmos em um condomínio.

— Posso saber pra onde estamos indo? — estou inquieta no banco ele me olha rapidamente e sorri.

— Já disseram que você tá linda hoje? — ele não tira o olhar da rua, onde dirige mais devagar.

Que flerte barato.

Mas paro pra me olhar. Calça Wilde Leg e um cropped, ultimamente essa combinação é minha favorita.

— Me poupe, atacante. — reviro os olhos sorrindo nasalado.

— Você não baixa a guarda né, loirinha? — ele umedece os lábios.

Assim fica difícil manter a guarda alta.

— Vai me dizer onde nós vamos ou eu vou ser obrigada a abrir o vidro e pedir socorro? — ameaço e ele sorri.

— Não precisa disso, Valerie. Estamos no meu condomínio. — ele dá ombros.

Não é possível que ele vai ousar me levar pra casa dele.

Eu não sei se tenho uma síncope pela audácia ou se eu oro pedindo para Deus me dar discernimento e não me deixeis cair na tentação que é esse homem.

— Você não respondeu minha pergunta. — digo mais firme ele suspira.

— Cara... tudo que você tem de linda você tem de difícil. — a afirmação dele me faz sorrir.

Claro, meu amor. Você é rival. R-I-V-A-L.

— Tudo que você tem de vice você tem de insistente. — a piada do vice não vai perder a graça nunca.

— Cara... tô começando a pensar que a ideia de te sequestrar talvez não seja tão ruim assim. — ele fala assim que paramos em uma praça no condomínio.

— Só tenta... — eu bufo e ele sorri.

— Não, a segunda ideia de só amarrar ainda é minha preferida. — ele estala a língua no céu da boca.

Idiota. Gostoso, insistente e idiota.

— Sonhar, nunca desistir.... — cantarolo a música antiga do MC Gui.

— Quer descer e sentar ali? — ele aponta pra uma área coberta onde tem um banquinho pra sentar.

— Ou quer ficar aqui dentro? — ele tira o cinto de segurança e fica mais de frente pra mim.

— Eu quero minha carteirinha. — eu peço fazendo Yuri revirar os olhos.

— Tá aqui. Pega. — ele me entrega e eu guardo na bolsa.

— Obrigada. Eu quero ficar aqui. Tá friozinho. — eu escolho e o atacante assente.

Ele passa as mãos no cabelo e me encara. Eu faço o mesmo.

O silêncio reina ali por uns bons minutos.

— Você me trouxe aqui só pra me contar onde pegou a carteirinha? — eu quebro o silêncio e ele nega.

— Então por quê? — pergunto novamente.

— Porque queria dar uma volta com você e conhecer mais da minha rival. — Yuri olha pro para baixo.

— Insistente. — resmungo.

— E mesmo assim você veio, loirinha. — ele sorri.

Porra. Ele tem razão.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora