Fantasi • Yuri Alberto

𝔹𝕠𝕟𝕦𝕤

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📌 Madrugada do dia 01 de janeiro de 2023.

V A L E R I E

— Vamos subir? — sussurro no ouvido do jogador.

Só restam alguns de nós. Estão cantando e dançando, Gabriel, o amigo tatuador de Yuri, está com o violão e isso anima todos ali. Mas eu me sinto cansada. Ou pelo menos, finjo estar cansada.

Acho que no momento eu estava querendo outra coisa. Os meus olhares para Yuri perduraram por alguns minutos. Conseguimos nos comunicar pelos olhos com facilidade.

Está na minha cara o quanto eu tô desejando ele. Nesse momento. E é recíproco.

Alterno meu olhar entre os olhos dele e o abdômen descoberto, já tinha trocado o meu vestido por um short confortável e uma camisa gigante do jogador.

Yuri dava suspiros pesados como quem estava incomodado ou quisesse sair dali tanto quanto eu.

E se fosse só olhares de desejo... mas não. Eu sinto que nossos olhares dizem mais.

E mesmo sem entender quase nada de sentimentos, eu sei que não é e não será somente algo carnal. Nunca foi. Desde a primeira vez.

Sempre foi mais. Muito mais que isso. Muito antes de tudo. E eu nunca, nunca imaginei que me sentiria assim. Tão completa.

— Você já quer subir? — ele se faz de desentendido sussurrando no meu ouvido. Assinto silenciosamente.

— Já tá cansada, Lili? — Tainá percebe a interação entre eu e Yuri.

— Sim, meus olhos estão pesando de sono. — minto.

Yuri continua me olhando incessantemente.

— A gente já vai subir, tá bom? — Meu jogador soa quase desesperado.

Ele levanta para se despedir do pessoal. Eu me despeço de longe. Estou agoniada para subir. Para ter um pouco do meu jogador só pra mim. Da melhor forma possível.

Ysis dorme no quarto ao lado. A babá eletrônica fica ligada a noite inteira. Do lado do quarto da pequena, tem o quarto dos pais do Yuri. O nosso cuidado precisa ser grande.

Subimos as escadas quase correndo. Acho que o disfarce na verdade não está tão disfarçado assim.

Tainá fica de sobrancelha em pé ao ver Yuri pegar minha mão e beijar meu rosto com mais carinho que o normal, descendo discretamente até depositar um beijo no meu pescoço.

Mas a morena não fala nada. Apenas pisca um dos olhos para mim e vira as costas como se não tivesse visto nada. Uma cúmplice. Ela entende. Sei que entende. 

Mal a porta do quarto é fechada e meu corpo se choca com o do jogador. De forma violenta, um tanto diferente da delicadeza que ele costuma ter comigo.

Não somente meu ventre queima, meu corpo inteiro está quase em brasa. Eu já sabia que com o Yuri tudo era diferente, mas hoje, hoje a certeza é maior ainda.

Eu nunca senti tanto tesão por alguém, tesão esse que vem junto de um ardor no peito. Paixão. É isso que mostra que somos diferentes. Que ele é diferente de tudo que eu já tive.

A camisa que eu estava usando é tirada sem cuidado algum, deixando expostos meus seios que logo são beijados com cuidado pelo atacante. Andamos para trás até eu sentir minhas costas se chocarem com a cama macia.

Yuri continua revezando entre meus seios, enquanto um deles está na boca, ele usa as mãos para brincar com o outro. Esse ato, somente esse, já me tira de órbita. Uma sensação que só sinto com ele.