𝔻𝕖𝕫𝕠𝕚𝕥𝕠

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📌 09 de dezembro de 2022.

V A L E R I E

— PAPAAAAAAIIIII. PAPAAAAII. — acordo gritos finos e batidas na porta. Abro os olhos devagar e vejo meu jogador dormindo como um anjo.

Como pode um homem tão lindo jogar logo no time rival? E o pior ainda, como pode eu estar tão rendida a ele?

Lembro que ontem ele avisou que a Ysis tinha vindo pra casa dele.

Eu já disse que não sou fã de crianças? Pois é. Na verdade acho que crianças não são minhas fãs.

Eu tô começando a achar que tudo que eu falo que não gosto o universo fala "querida, e daí?", põe no meu caminho e me faz gostar.

Ontem mesmo eu estava dando tudo pra vir conhecer a pequena e passar tempo com ela e o Yuri.

O que eu tô me tornando?

E vamos combinar, que ÓTIMA forma de conhecer a Ysis, dormindo com o pai dela, no quarto dele, na cama dele, usando uma roupa dele...

Quais as chances dela não ir com a minha cara? Altas. Filhas meninas costumam ser bem ciumentas com o pai desde pequenas.

Ai meu Deus. Onde eu fui me meter????

Acho incrível que quando se trata de qualquer coisa que envolva o Yuri toda minha confiança vai pra longe que nem a bola no pênalti do Matheus Vital na final da Copa do Brasil.

— ABRE AQUI, PAPAI. — a menina continua gritando fino.

A voz dela é fofa e enrolada. Sorrio nasalado, de desespero, talvez.

— Acorda, Yuri. — dou leves tapinhas no ombro dele.

Ele grunhe em desaprovação.

— Sua filha não para de te chamar. — continuo o cutucando.

Ele abre os olhos assustado.

— Porra, a Ysis. — Yuri passa as mãos no cabelo e senta na cama.

— Faz uns minutos que ela tá chamando. — me mantenho deitada olhando pra ele.

— Moram 4 pessoas nessa casa além de mim e nenhum deles levantou pra pegar ela? — ele olha pro relógio do celular.

Sete e onze da manhã.

É como cair da cama.

— PAPAIIIIII — essa última suplica sai quase como um choro.

— Se eu fosse você levantava pra abrir logo. — me ajeito na cama ainda sem levantar.

Já tô na chuva, então, só resta me molhar. Ontem eu ia conhecer ela, nada mudou de ontem pra hoje.

Não nego que eu quero que a Ysis goste de mim. Laaaaaa no fundo eu quero.

— Não tem problema pra você mesmo né? — o jogador me olha de canto.

— Claro que não. Eu já disse. Ela é uma criança, Yuri. E você é o pai. Abre, deixa ela entrar. Quero conhecer ela. E é mais fácil ela não gostar de mim.  — sorrio baixo.

— Ysis vai te amar. Você é loirinha igual ela. — ele beija minha testa e eu faço uma careta.

— Esse foi o argumento mais sem nexo. — gargalho.

— Corre logo pra abrir a porta, vai. — dou tapinhas na costa dele o fazendo levantar com rapidez e correr pra destrancar a porta.

E assim que o jogador abre um pedaço da porta aquela figurinha loirinha e gordinha com um pijama superfofo entra no quarto.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora