Fantasi • Yuri Alberto

𝕊𝕖𝕤𝕤𝕖𝕟𝕥𝕒 𝕖 𝕌𝕞

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📌 15 de janeiro de 2023

V A L E R I E

Acabei decidindo não ir tão cedo para o Rio de Janeiro e curtindo grande parte da manhã com Yuri e Ysis. Vou ficar no Rio só até dia 17 de tarde. Pouco tempo para muitas coisas que tenho a fazer.

E já vou chegar lá tendo que me arrumar para o ir direto para o Maracanã. Se bobear nem vou ver o Matheus em casa, afinal, ele vai mais cedo para o estádio. Mas de qualquer forma marcamos para nos encontrarmos no pós jogo.

Por falar em Matheus... Meu telefone toca.

— Atende aqui, amor. É o Teteu. — entrego o celular para Yuri enquanto tento fazer com que Ysis coma uma fruta de café da manhã. A pequena está fazendo greve de fome desde que descobriu que "Zizi e Papai" não vão passear com a "Tia Lili".

Yuri sorri leve e desliza o dedo pela tela do celular.

— Qualé, liguei pro celular errado? Achei que tava escrito "Lili". — silaba o meu apelido de forma irônica.

— Fala, cara. Lili tá no trampo aqui. — o atacante vira o celular para mim enquanto eu sorrio.

— Já tá na função, LLM? — o apelido antigo vem a tona. — E aí, garotinha linda. — Matheus cumprimenta Ysis.

— Dá tchau pro Tio, Zizi. — peço enquanto a pequena mantém um bico GIGANTESCO no rosto.

Ysis simplesmente olha para mim, para Yuri e depois para Matheus e solta um sonoro:

— Não.

Gargalhamos enquanto o lateral direito fica com cara de tacho.

— Ela tá brava porque não vai passear comigo, Teteu. — explico para o jogador que agora sorri leve.

— Ih, sua Tia Lili já já volta pequena, ela vem ver o Tio rapidinho. — Matheus tenta melhorar a situação. Nada feito.

— A Tia vai comprar presente pra você, tá bom? Um boneca nova. — minha vez de tentar.

Agora um meio sorriso aparece no rosto da loirinha.

— Boneca, eu quero. — a pequena bate palmas.

Que ótimo. Tudo na base da chantagem. Como convencer uma criança a ficar de boa: prometendo um presente. Anotado na minha listinha de dicas.

— Valerie, chega que horas? — Matheus me pergunta enquanto troco de lugar com Yuri e ele alimenta Ysis.

— Umas três ou quatro da tarde. Ainda vai estar em casa? — pego o celular e agora olho diretamente para o lateral que está com os cabelos platinados.

— Vou não. O jogo começa as seis. Então você vai chegar e já corre pra se arrumar. Vou deixar o carro e você vai com ele. A gente se encontra no pós jogo. — Teteu revisa nossos passos.

Concordo com a cabeça. A correria vai ser grande.

— Deixa uma camisa sua já separada pra eu vestir. — peço.

Desde que eu conheci o Teteu é quase um ritual ir para os jogos com um manto com nome e número dele.

— Gabi disse que queria te ver usando uma dele. Agora que ele é o 10. — o lateral simplesmente não mede as palavras dele fazendo Yuri resmungar baixinho.

Puta que pariu. Quando não é um, é outro.

— Me poupe, Teteu. O Gabriel gosta de ver o circo pegar fogo. E eu não vou dar corda pra ele. Meu namorado é outro. — cutuco Yuri que abre um sorriso.