𝔻𝕖𝕫𝕖𝕤𝕤𝕖𝕥𝕖

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Esse capítulo contém mais de uma narração. Atenção.

📌 8 de dezembro de 2022

V A L E R I E

Eu quero ir embora. Eu quero ir embora. Eu quero ir embora.

Só isso que ecoa na minha cabeça.

Thuler resolveu soltar a voz que tava presa e agora tá falando de como é jogar no Japão enquanto eu finjo estar prestando atenção e o Matheus já sumiu pra ficar com uma garota aleatória que ele achou bonita.

— O mais louco é o fuso horário. Enquanto todos vocês estão acordando eu tô indo dormir. — ele sorri.

Não é que eu ache ele chato. Ele é gatinho e tava interessado em manter o papo. Mas eu e minha mente queríamos mesmo estar laaaaaa com o Yuri.

Olho no relógio ao mesmo tempo que minhas pernas não param de balançar. São Judas Tadeu me ajuda nessa aí, por favor. Eu sei que o senhor é padroeiro dos Flamenguistas e que eu tô pedindo pra ir pra casa de um jogador do Corinthians, mas eu suplico me ajuda.

15 minutos e nada.

Thuler continua puxando assunto e eu continuo fingindo prestar atenção.

E aí tenho uma ideia de gênio.

Mando mensagem pro Yuri. "Me liga, por favor."  Na mesma hora meu celular toca.

— Opaaa. Licença. Vou atender. — uso minha maior cara de sonsa pra andar até uma parte mais calada do pub.

— Tá tudo bem aí? Aconteceu algo? — Yuri parece preocupado.

— Tá tudo bem. Só vem me buscar. Por favor. — suplico.

— Acabei de colocar a Ysis pra dormir. Manda a localização. — suspiro fundo e faço o que ele pediu.

Ando de volta até a mesa. Matheus já voltou a sentar lá.

— Tô indo embora já já. — falo antes mesmo de sentar.

— Ele vem te buscar? — Teteu me olha e eu assinto. — Vem, vou esperar lá na frente com você. — ele levanta e eu levanto junto.

Thuler parece não se importar.

— Tchau, outro Matheus. Fica bem. Foi bom saber mais de você. Qualquer dia a gente se esbarra lá pelo Rio. — sorrio sincera me despedindo com um abraço.

— Tchau, gatinha. Fica bem. — o zagueiro sorri amigável.

Eu e Matheus vamos andando em silêncio até a frente do pub.

— Desculpa não ficar a noite inteira por aqui com você igual antes. Você veio pra me ver e eu tô indo embora. — tento amenizar a situação.

— Fica tranquila, LLM. Tu é parça. Eu te amo e tu sabe. Quero sempre te ver feliz, não importa com quem seja. Yuri parece ser um cara foda. Mas se ele te machucar eu não vou entender legal. — Matheus arqueia as sobrancelhas do mesmo jeito que faz quando tá estressado no jogo.

Pronto, agora fiquei com vontade de chorar. Que porra é essa, só pode ser TPM. Eu nem choro fácil assim.

— Você é o melhor, Teteu. Eu te amo. Vamo marcar pra eu ir lá pro RJ logo, saudade da praia e da galera. Se cuida tá? Qualquer coisa te mando mensagem e vice-versa. — o abraço forte e ele retribui.

Assim ficamos por alguns minutos. Até ver o carro de Yuri estacionar. Ele abre o vidro como se eu não conhecesse o carro que me persegue a quase 1 mês.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora