𝕊𝕖𝕥𝕖𝕟𝕥𝕒 𝕖 ℕ𝕠𝕧𝕖

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Esse capítulo contém mais de uma narração. Atenção.

📌 Mais ou menos sete meses depois que Yuri e Valerie se conheceram.

V A L E R I E

Suspiro fundo e olho no relógio mais uma vez. A hora está passando tão devagar quanto uma tartaruga. Qual é, sexta feira de noite, eu só quero ir embora pra minha casa.

Por falar em faculdade, decidi trocar meu curso nessa altura do campeonato. Percebi que fazia mais sentido eu cursar biomedicina. Preferi começar a cursar administração pois assim terá alguém para assumir a empresa dos meus pais em algum momento. Óbvio que não serei nenhum tipo de workaholic, mas tenho que saber o básico de gestão para poder levar os negócios para frente.

Hoje é dia de buscar Ysis na Thainara, sei que na hora que Yuri vier me buscar a pequena com certeza vai estar junto.

Os jogos do Brasileirão estão consumindo muito do tempo dele. Quase sete meses de namoro e eu tô passando muito mais tempo do que já passava antes lá na casa dos Monteiro. Enquanto Yuri viaja ou passa tempo demais no CT, duas semanas no mês Ysis passa com a gente. Comigo, Flávia e o restante da família. E quando Yuri está aqui, a gente aproveita o tempo para nos divertirmos. É o que vamos fazer nesse final de semana.

Dona Flávia não acha ruim eu estar dormindo quase todos os dias do mês lá, pelo contrário, ela acha ótimo o fato de eu ser uma companhia, já que meu trabalho continua sendo extremamente flexível e minha faculdade continua sendo duas vezes por semana. Só durmo na minha casa umas três vezes ao mês porque minha mãe me cobra presença. E o Yuri sempre vai junto. O jogo virou não é mesmo?

Sobre Sônia, é legal ver como ela está tentando se fazer presente na medida do possível. Está passando muito mais tempo aqui em São José. Victor, inclusive, está tendo muito mais tempo com ela e sempre que vem ver a Maria me atualiza do comportamento de nossa mãe. Eu confesso que não passo mais tempo com ela lá em casa porque não fui acostumada assim. Mas sou presente nas mensagens diárias e nos atos de ir lá almoçar ou jantar quando dá.

Acabou que de forma quase imperceptível eu estou morando com o Yuri na casa dos pais dele. E sim, as vezes a falta de privacidade me incomoda mas é sanada pelo fato de que aprendo cada vez mais a não ser mais tão sozinha, a estar em família e dividir meu dia com quem eu amo.

Conto todos os minutos, segundos e milissegundos para ir embora dali. Não é nem porque eu não gosto da aula e sim porque eu não vejo a hora de estar junto dos meus dois amores. E assim que o professor libera a turma eu falto sair correndo.

Yuri tem uma mania de se atrasar sempre que é pra me buscar aqui. Então fico ali no portão esperando. Por algum motivo me sinto muito nostálgica. Lembro da primeira vez que eu e Yuri saímos. Ele veio me procurar aqui na faculdade. É como se tivesse sido ontem.

Lembro da cena todinha. O carro do jogador parando, a janela abaixando e ele soltando aquele sorrisão para mim. Não sei como resisti tanto. E na verdade, eu nem sentia tudo isso. Eu achava ele bonito, atraente. Achei que quando eu cedesse iria ser igual ao Gerson. Um ficante.

Sou acordada dos meus pensamentos ao ver os faróis do carro do jogador iluminarem no meu rosto da mesma forma que aconteceu naquele dia. E antes de eu abrir a porta o vidro abaixa me deixando ainda mais nostálgica. Mas, diferente daquele primeiro dia que nos conhecemos, quem aparece primeiro é minha enteada.

— OI TIA LILI. VAMOS. ENTRA. — Ysis grita animada sentada junto de Yuri e o jogador desmonta em uma gargalhada gostosa ao ver a pequena falando tão bem.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora