𝕍𝕚𝕟𝕥𝕖 𝕖 ℚ𝕦𝕒𝕥𝕣𝕠

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📌 15 de dezembro de 2022.

V A L E R I E

Pé na areia. Uma caipirinha. Água de coco. Uma cervejinha.

Quintou no Rio de Janeiro pra loirinha aqui? Bom, ainda não.

Vim pro Rio a trabalho, resolver umas coisas da filial da empresa da família por aqui. E nesse exato momento tô em carro alugado indo pra casa do único homem possível de me aturar sem ser meu YA9. 

Teteu nem sabe que eu tô chegando. Assim como ele fez surpresa pra mim lá casa, eu vou fazer pra ele. Eu só espero não chegar na casa dele e dar de cara com uma mulher. Imagina só a vergonha.

Socorro.

Agora fiquei com medo de isso acontecer real.

Assim que chego na portaria o seu Raimundo, porteiro do prédio vem até mim sorrindo.

— Galegaaaa, fazia um tempinho que não vinha aqui, não é? Casou? — o senhorzinho me fa revirar os olhos em tom de brincadeira.

Será que tá tão na cara que eu tô meio rendida? Deve tá escrito na minha testa, só pode.

— Casei não, seu Raimundo. Vida corrida. Faculdade e afins. Além disso o Matheus viajou... Aí já viu. Mas tô aqui na minha amada cidade. — abro os braços e sorrio.

— É pra eu avisar o menino Matheus que você está aqui? — o grisalho me pergunta e eu nego.

— Ele não tá com mulher nenhuma lá em cima não, né? — volto atrás na negação.

— Tá não, galega. Tá só ele. — assinto para seu Raimundo.

— Então não avisa não, que eu vou fazer surpresa. — impossível não lembrar da risadinha de moleque que o Yuri dá quando tá prestes a aprontar algo.

Minha mente não me dá um segundo de paz. É sempre pensando nele. Porraaaaaa.

Seu Raimundo apenas libera a catraca pra mim logo após minha digital ser lida e eu subo com pressa pelo elevador.

O Matheus com certeza tá dormindo. Ele só treina de tarde. Procuro a minha chave do apartamento dele, fizemos isso pra não ter que ficar tocando campainha e atrapalhando um ao outro em momentos mais privados... se é que vocês me entendem.

Giro a maçaneta com o maior cuidado possível.

Toda surpresa tem volta, Teteu. Penso comigo. 

Tiro os sapatos e deixo a mala na sala. Ando devagarzinho até o quarto dele. Facilitou. Porta encostada.

Seguro minha vontade de sorrir. Matheus vai me matar.

Assim que estou totalmente dentro do quarto eu encho meus pulmões de ar.

— ACORDA TETEEEEEEUUUUUUU. — grito alto mas não tão alto pra que a gente não leve uma multa.

O lateral se assusta ao mesmo tempo que se enrola no lençol. Gargalho me jogando no lado vazio da cama dele.

— Puta que pariu, Valerie Castro. Você tá ficando maluca????? — ele me olha ainda assustado. É nítido a respiração descompassada no abdômen descoberto.

— Maluca eu sempre fui né, Teteu? — limpo as lágrimas que caem de tanto que eu já sorri.

— Porra, vei. Quase eu fui de base agora. Que susto desgraçado. — o lateral ainda tenta se acalmar.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora