ℚ𝕦𝕒𝕣𝕖𝕟𝕥𝕒

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📌 27 de dezembro de 2022.

V A L E R I E

No dia 25 final da tarde fomos deixar Ysis na casa da mãe dela. Ficou combinado entre a Thainara e o Yuri que dia 27 íamos buscar ela novamente lá, e do dia 27 até o dia 3 a pequena ficará com a gente.

Já disse o quanto é estranho falar assim? Até parece que eu moro com o Yuri e que sou madrasta da menina. Sendo que nem namorada do Yuri eu sou. Não oficialmente. 

Hoje é dia 27. Dia de buscar a pequena. Só que tem um porém. Yuri foi treinar em São Paulo. Os pais dele estão organizando as coisas para dia 29 irmos para Igaratá, e Tata e César estão resolvendo assuntos deles em São Paulo.

Nem Caio nem Maria tem idade pra dirigir. E sobrou quem? Isso mesmo. Sobrou eu. Eu estou agora no carro do Yuri indo buscar a Ysis na casa da amiga da Thainara. E depois ainda vou buscar o príncipe na Centro de Treinamento do Corinthians.

Eu sei. Eu sei. Eu devo ter humilhado São Judas Tadeu pra ter que entrar no treinamento dos rivais.

Mas se bem que eu posso ser uma espiã. Sabe aqueles filmes que os agentes são infiltrados? Então. Eu poderia ser assim.

Ainda mais agora que temos até o técnico que era dos caras.

Eu até pensei em ir com uma camisa do flamengo. Falem sério, é uma ótima ideia. Mas pensei também: será que o Yuri me mata? Ele não seria capaz.

Decidi, por fim, não ir com uma camisa do Flamengo. Mas nada me impede de ir com um vestidinho preto que tem o escudo bordado, ganhei da Dona Lu, mãe do Matheus, no meu último aniversário.

Chama menos atenção que uma camisa. Ele deveria me agradecer.

Estaciono na frente do prédio e Thainara vem trazendo Ysis até o carro.

— Oooi. Aqui, está entregue. Feliz ano novo pra vocês. Me mantém informada, tá? — ela me entrega a pequena no colo.

— Oi, Thainara. Obrigada. Feliz ano novo pra você. Pode deixar que você vai ter notícias da Zizoca. — sorrio cordialmente e ajeito a menina na cadeirinha enquanto a loira observa.

— Obedece o papai e a Tia Lili, viu filha? Mamãe te ama. — Thainara se despede de Ysis e eu sorrio novamente pra ela.

Entro no carro e coloco música de criança.

— Sabe onde estamos indo, Zizi? Buscar o papai. — falo animada e a loirinha bate palmas.

Eu e Ysis cantamos por mais de meia hora até a pequena pegar no sono.

O Matheus já está me zoando horrores no whatsapp e eu nem tenho como me defender. Pelo menos eu tô com um vestidinho do meu time.

Meu Deus, tenho que controlar minha língua quando chegar lá.

Não posso sair chamando todo mundo de vice. Não posso falar que eles tem dois mundiais e só uma libertadores, e que assim como eles, o nosso novo técnico não ganhou a liberta mas vai disputar o mundial.

E fico eu pensando. Onde que eu imaginei esse cenário pra mim?

Onde que eu imaginei estar buscando meu quase namorado Yuri Alberto, jogador do Corinthians, no CT DO TIME QUE ELE JOGA.

EU, VALERIE, FLAMENGUISTA DE BERÇO.

Meu pai, me desculpa, você me ensinou no caminho certo e eu continuo nele, foi apenas uma zoeirinha do destino que fez eu me apaixonar pelo rival. Mas eu continuo flamenguista, firme e forte.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora