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📌 15 de janeiro de 2023
V A L E R I E
A correria para estar pronta a tempo é gigantesca.
Primeiro que eu cheguei no Rio com os olhos inchados de tanto chorar. Ysis pegou o celular do Yuri e me mandou vários áudios dizendo o quanto estava com saudades. Segundo, peguei trânsito e agora tô correndo contra o relógio.
Matheus separou a camisa que pedi. Vesti a primeira roupa que encontrei na mala, short, tênis, e a camisa, pronto. Arrumo os cabelos na maior pressa também e dou um jeito na maquiagem saindo do condomínio tão rápido quanto cheguei.
— Chegou e já vai, menina? — seu Raimundo, o porteiro —— sim, aquele porteiro que perguntou sobre eu estar casada na última vez que vim aqui no Rio —— me vê sair quase correndo.
— Oi seu Raimundo. Atrasada pro jogo. Bom te ver. Tô por aqui hoje e amanhã. Correria total. — seguro minha bolsa e as chaves do carro e continuo correndo até a garagem.
O senhorzinho sempre me trata muito bem mas preciso correr se quero chegar no horário certo do jogo.
Entro no carro do lateral, ajeito o banco e saio o mais rápido possível dali em direção ao meu lugar favorito do Rio de Janeiro.
A atmosfera é sempre sem igual. Assim que chego no Maracanã sinto meu corpo arrepiar. É surreal o amor que tenho pelo Clube de Regatas do Flamengo.
Automaticamente me lembro do meu pai, das vezes que vim aqui junto dele. Lembro até da primeira vez, viajamos do Norte do país até aqui só para ver o rubro-negro jogar.
As memórias doem mas me conforto ao saber que esse amor continua vivo em mim. Ando confiante pelos corredores do Maracanã. Sempre pensando no quanto sou privilegiada em poder acompanhar a ascensão do meu time. Meu pai, sem dúvidas, estaria orgulhoso de tudo que foi construído.
Lembro também dos meus dois amores que ficaram em São Paulo. Avisei para Yuri que estava em direção ao Maracanã e ele me disse "Cuidado, te amo!". O vestiário é o terror dele. Isso me faz sorrir baixo. Não tenho olhos para outra pessoa a não ser meu atacante. Não importa quantos homens bonitos tenham naquele vestiário nenhum me chama atenção.
Mostro meu crachá e ando em direção a uma das cadeiras ali no camarote. Hoje muitas esposas estão presentes. Cumprimento a maioria com a cabeça, fomos apresentadas ano passado. Elas acostumaram comigo aqui, eu acho. Devem achar que sou namorada do Matheus. Mas não sou tão próxima de nenhuma, já até trocamos algumas palavras e diálogos.
A que eu mais conversei foi a Mylla, mas o João está em processo de transferência então, nada dela ou dele por aqui. Marília também está por aqui com os amuletinhos. Sorrio lembrando de Zizi, ela e Totoi seriam grandes amigos.
Tiro uma foto do estádio para publicar no Instagram e mando também para Yuri. Ali continuo acomodada até o começo do jogo. Peço a Deus uma temporada tranquila, mesmo sabendo que com o Flamengo, nada é tranquilo. Nunca é.
Hoje é a reestreia do Gerson. Isso me lembra nossa última conversa, ele falou que iria voltar e voltou. Naquele dia eu percebi que as coisas com o Yuri eram diferentes. Percebi que tinha me apaixonado. Aperto levemente o colar que ganhei de Natal do meu jogador.
É estranho como em meses ficando com o Gerson quando tinha vontade eu não senti absolutamente nada a não ser desejo carnal. E em tão pouco tempo com o Yuri eu sinto um amor que só cresce. É como se estivéssemos juntos a uma eternidade.
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Fantasi • Yuri Alberto
FanfictionSabe aquele ditado "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"? Então. Valerie Castro começa a entender muito melhor essa expressão a partir da noite em que esbarra no jogador do Corinthians, Yuri Alberto. Yuri nunca tinha se sentido atraído...