ℂ𝕚𝕟𝕢𝕦𝕖𝕟𝕥𝕒

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📌 2 de janeiro de 2023

Y U R I

— Pronto, remédio tomado. — Valerie me olha segurando o copo de água vazio.

Suspiro e sorrio.

— Nada de bebês? — me certifico.

— Eu espero que não. Veremos semana que vem que é quando meu ciclo deve se iniciar. — ela parece calma mas sei que deve estar surtando internamente.

Então até semana que vem tenho que pensar na possibilidade de ser pai novamente? Não que eu não queira, mas, é uma criança, a responsabilidade é gigante.

— Você parece tão calma. — não deixo de mencionar.

Ela suspira fundo me olhando.

— É, eu tô surtando. Mas tô tentando pensar que está tudo ok. Se te faz ficar menos culpado, eu também tenho medo. Eu acho que não tô grávida, Yuri. — a loirinha fala com tanta convicção que eu mesmo acredito nisso.

— Mãe sempre fala que filhos são bênçãos do senhor. Eu acredito nisso, mas não deixo de ter medo. Vou tentar não pensar nisso. — levanto da cama em direção as coisas que temos para organizar.

— Vamos tentar não pensar nisso. — Valerie sorri e eu a puxo para um abraço. — Agora vem, vamos arrumar nossas coisas que umas seis horas vamos embora e já são três da tarde. — a loira senta no chão e eu a acompanho.

— A da Zizi primeiro né? — a olho já sabendo que ela vai reclamar que eu não sei dobrar as mini roupas da Ysis.

— Sim, e sem reclamar. Eu já ensinei você a dobrar. — bingo. Sabia que ela iria falar disso. Sorrio nasalado.

— É difícil, loirinhaaaaaaa. — não deixo de fazer drama.

— Difícil é fazer gol no flamengo, e olha só, você já conseguiu, então você consegue dobrar essas roupas sim. — provoca me fazendo soltar um leve ar pelo nariz.

— O que você não pede sorrindo que eu não faço chorando... — comprovo que ela consegue tudo que quer.

Começamos a dobrar as roupinhas da Ysis e guardar na malinha que a Thainara mandou, a pequena está dormindo no quarto ao lado mas estamos de olho porque está próximo do horário dela de acordar. Rotineiramente ela dorme de tarde, o soninho é sagrado.

Estamos sorrindo de alguma coisa aleatória quando ouço um toque de celular. Rapidamente Valerie percebe que é o dela.

— É o Matheus. — ela avisa antes de deslizar o dedo na tela para atender.

Valerie e Matheus, pelo pouco que percebi e pelo que ela me fala, tem uma relação quase que de irmãos. A loira sempre precisou de carinho. O carinho que ela não tem em casa.

Apenas assinto e continuo dobrando as roupinhas da Ysis.

— Olha sóóóóó. Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? — Valerie já começa a chamada assim.

— Qualé, LLM, quer falar o que? Tu tá casada agora lek. Queria que eu te chamasse pro reveillon do Gabi? — a voz do lateral ecoa.

Casada. Eu gosto dessa expressão. E po, reveillon na casa do Gabi parece ser o tipo de festa que a LLM amaria estar.

— Ah, você tava naquela festa mesmo? Me poupe, Matheus. Meu reveillon foi perfeito. Foi-se o tempo que eu era só mais uma loira nas festas do Gabriel. — presto atenção na conversa e vejo Valerie revirar os olhos.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora