𝕍𝕚𝕟𝕥𝕖 𝕖 𝕆𝕚𝕥𝕠

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Esse capítulo contém mais de uma narração. Atenção.

📌 17 de dezembro de 2022

V A L E R I E

Depois que voltamos da casa da minha mãe deitei para dormir mais um pouco. Afinal, fomos bem cedo lá buscar minhas coisas. Yuri e a mania dele de acordar junto com o sol nascendo.

Assim que acordo não o vejo do meu lado. É até estranho acordar sozinha.

Escovo meus dentes. Arrumo meus cabelos e visto um vestidinho leve.

— Bom dia, dona Flavia. — adentro a cozinha enquanto a mais velha está sentada junto ao marido. — Bom dia, seu Carlos. Cadê o Yuri? —  pergunto isso procurando o jogador com os olhos.

— Bom dia, menina. — o pai de Yuri é gentil.

— Bom dia, filha. O Yuri tá treinando lá no quintal. Senta e toma um café com a gente. — Dona Flávia sempre me ganha nessa. Como sempre, impossível resistir a família Monteiro.

— Ah, tomo sim. — me permito olhar rapidamente para o jardim onde vejo Yuri correr de um lado para o outro enquanto o personal o acompanha.

Automaticamente tenho crise de ansiedade. Sou daquelas que só vai pra academia quando dá vontade. E bom, agora essa vontade se encontra no núcleo da terra.

Pego uma xícara me sirvo.

— O Yuri falou com você sobre Noronha? — a mais velha sussurra como se fosse um segredo.

Quando saímos de manhã cedo dona Flávia ainda estava dormindo. Então ela não me viu chegando com minha mala aqui.

— Falou sim. Eu já até fui lá em casa buscar minhas coisas. Mas ainda falta comprar umas peças de biquíni e saídas de banho. Sabe? Roupa mais leve.  — sorrio fraco.

— Fico feliz que você vá. Vai ser um ótimo programa para todos nós. — a loira sorri genuinamente.

O carinho que ela tem por mim me deixa até um pouco envergonhada. Mas depois de ontem sinto que nossa relação aumentou mais um nível.

Eu me sinto tão confortável em estar no meio deles, como se eles também fossem parte da minha família. E isso tudo aconteceu de forma tão rápida mas também de forma tão genuína.

— Eu também estou feliz de ir. Amo praia. Vivo no Rio de Janeiro por isso. — sorrio lembrando de como é bom mergulhar no mar.

— E por causa do flamengo também, não é? — seu Carlos tira com minha cara.

— Sim, por causa do flamengo também. — tomo um gole do café com leite que eu mesma servi pra mim.

— E sua mãe, o que ela achou da viagem? — a senhora pergunta.

Como falar que a minha mãe não tem muito poder de decisão sobre onde eu vou ou deixo de ir sem parecer que sou solta na vida?

— Ah, ela achou legal. Sabe? Ela trabalha muito então nem pensei que fosse ver ela hoje. Mas surpreendentemente ela estava lá. — tento não falar muito.

— E o seu pai? — o pai de Yuri recebe um olhar feio da esposa, que com certeza já sabe da história.

— Meu pai é falecido. — me limito.

Antes que a conversa fique mais estranha por um milagre divino Tainá adentra a cozinha.

— Bom dia famíliaaaaaa. Ah, oi loirinha, bom dia pra você também. — a morena fala de forma animada.

Fantasi • Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora