Merda de Mais

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Camila Cabello

Aproximação.

É o que tem acontecido entre mim e o Ross há um tempo. Esse último mês tem se baseado nas tentativas de me fazer sair com ele, qual eu tento valorizar. Sei que ele vence uma forte timidez toda vez que vem até mim e tenta conversar, mas algo me inibe a aceitar.

Agora estou sentado em uma das mesas de cimento que fica em frente a escola. Ele está sentado no banco achatado, um pouco mais baixo que eu e escrevendo algo em seu caderno.

Quem diria que eu começaria a andar com um intercambista nerd... Agora não só com ele, tem o Cameron também. Mas estranhamente ele não viro hoje, para a minha tristeza. Queria falar com ele sobre o Arón ter abordado ele daquele jeito no corredor.

É quando ima notificação chega no celular de Ross e ele pega o aparelho apressado. Há um tempo espera uma resposta de alguma coisa, essa que não me explicou bem, mas agora sua feição não é de felicidade. É quase como se estivesse aterrorizado, triste e com pena:

— Merda, Ross, fala logo e para de me deixar nesse suspense. — Dou um tapa leve em sua cabeça, arriando sua atenção.

Os olhos puxados estão arregalados e sua pele bem pálida.

Tudo bem, estou muito assustada!

— Fala logo!

No entanto, ele não abriu a boca para dizer nada. Nenhum som saiu, apenas recebi seu olhar assustado e por um instante cogitei ser algo relacionado a mim. Desci da mesa e comecei a pegar minha, bolsa. Sua mão envolveu meu pulso, ele apenas negou com a cabeça e me puxou delicadamente para me se tar:

— É que... — ele forçou a garganta, causando um som arranhando para limpa-la. — Nunca lidei com isso antes, ainda mais alguma tão próximo.

— Diesel me dê um pouco de paciência — falo e reviro meus olhos para ele. — Eu gosto muito de você, Ross, mas se não me disser o wue você viu nesse celular...

Pouco me importei com o brilho que seus olhos adquiriram quando eu disse gostar dele. Me preocupar com isso é desnecessário no atual momento, onde alguém está me privando de uma fofoca:

— Eu... Toma! — ele me entrega o celular e eu tomo na brutalidade, quero saber a fofoca.

Olho para tela e franzi o cenho:

— Em Singapura nunca falaram sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo? — Indago olhando a matéria em um site de notícias.

— O quê? — Ele pergunta um pouco confuso, tomando o celular de minhas mãos, ele mudou s notícia e me entregou.

Olhei para tela e o choque foi inevitável so ver uma foto do Arón, e a notícia indicando que ele foi encontrado morto em seu próprio quarto.

Suicídio. Aron, suicídio? A ideia é praticamente inconcebível para mim, embora eu saiba que isso pode ocorrer com qualquer pessoa, o Arón é a única qual eu não imagino fazendo isso...

Começo a andar, sendo seguida por Ross. Onde está o Cameron?

— Para onde estamos indo?

— O Cameron... Ele, sera que... — não consigo completar pois vejo uma senhora muito preocupada indo em direção a diretoria seguida por dois policiais.

Me aproximo de um grupo de "amigas" minhas e logo sou encarada em deboche:

— Oi, piranha do incesto. — disse Candice, rindo com as outras garotas.

— Me poupe de suas piadas — não ligo, apenas olho a senhora e seus traços preocupados no rosto. — Sabem de alguma coisa?

Elas olham par a velha e em seguida para mim.

— Antes você sabia de tudo o que acontecia na escola, hoje é uma puta desinformada. — ela riram outra vez e me obriguei a ficar calada até ela me dar a informação. — A estranha Steinfeld... Está desaparecida, tem três dias.

Minha boca de abre em surpresa, mas a fecho em seguida. Tem merda de mais acontecendo. 

Direciono um sorriso para Candice, seguindo de um tapa que a deixou desnorteada. Ela me olhou um pouco surpresa, como se eu fosse um monstro.

Inocente foi ela que achou que, eu, ficaria parada ouvindo merda.

•••••••

— Onde está o seu marido? — Indago para Shawn que se mantém de cabeça baixa, então ergue mostrando os traços de tristeza.

— Não veio hoje, acho que por causa do Piper — ele batuca os dedos na mesa, eu me sento na cadeira ao lado da dele e me viro em sua direção. — Ficou sabendo, não é?

— A escola toda tá comentando, não só sobre isso, mas o sumiço da Hailee. — Falo e imito seu movimento, batuco as unhas na mesa e ele me olha. — Ele deve estar péssimo, ainda mais depois da conversa no corredor.

— O Arón pediu por aquilo, depois do que causou ao Cameron. — Meu primo afirmou e eu concordei.

Ouvir aquelas palavras foi necessário, pois a verdade tem de ser dita quando necessária. Mas posso imaginar exatamente o que se passa na cabeça do Cameron nesse momento: Culpa e tristeza.

E idiota de culpar por algo que você não tem como mudar. Não foi o Cameron o catalisador de tudo, embora um dos motivos da tristeza de Arón. Ele tinha problemas que eram ocultos para todos a sua volta, e por mantê-los no oculto, ninguém deu atenção o suficiente para lhe estender a mãos. A única pessoa que podia fazer, ele feriu, ele traiu.

Então, não, o Cameron não pode se culpar por isso.

— Ele precisa de você. — Digo e Shawn me lança um olhar confuso.

— Mas o Piper está... — Ele começa dizendo e eu reviro meus olhos.

Sério que ele pensou que eu me referia ao Arón precisar dele?

— Não, seu babaca! Estou falando do Cameron, do seu futuro marido e amor da sua vida. — Jogo meu caderno em sua cabeça e ele se esquiva.

Shawn permanece sentado, e eu pego meu caderno e agora bato na cabeça dele, fazendo-o protestar e gritar. Dou tanto na cabeça dele que ele tenta fugir, levantando da cadeira:

— Eu quero dizer que o Cameron precisa de você, agora, nesse momento, não depois, agora.

Ele parece entender e sai da sala antes que o professor entre, coisa que acontece em seguida.

Só espero que o Shawn não fale nenhuma merda.

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Saí do limbo com mais um capítulo! Kkkk acontece que eu estava um pouco adoentado esses dias, mas agora estou melhor.

Espero que gostem do capítulo e provavelmente sai mais um amanhã.

Apaixonado Pelo Valentão - ShameronOnde histórias criam vida. Descubra agora